Irã começa a desmantelar instalações nucleares

Desde o dia 18 de outubro, quando o tratado atômico entrou em vigor, o Irã aplica de "forma provisória" o Protocolo Adicional do Tratado de Não Proliferação Nuclear

PUBLICIDADE

Atualização:

O Irã começou a desmantelar algumas de suas instalações nucleares, conforme o acordo de Viena assinado com as grandes potências em julho, anunciou nesta quarta-feira a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"O Irã começou a retirar as centrífugas e infraestruturas similares em Fordo e Natanz", indicou a agência em seu relatório mensal divulgado em Viena. Essas medidas estão de acordo com os compromissos assumidos pela República Islâmica visando a suspensão das sanções internacionais impostas ao país.

Imagem de satélite de 2004 mostra complexo militar de Parchin, no Irã Foto: igital Globe/NYT

PUBLICIDADE

Desde o dia 18 de outubro, quando o tratado atômico entrou em vigor, o Irã aplica de "forma provisória" o Protocolo Adicional do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), que permite exaustivas inspeções da ONU sem aviso prévio do governo iraniano.

Havia 12.156 centrífugas de diferentes tipos (11.308 IR1 e 848 IR2) em Natanz no dia 15, contra as quase 16.428 unidades que estavam instaladas quatro semanas antes, detalha o relatório da AIEA.

No caso da instalação nuclear subterrânea em Fordo, que segundo o acordo de julho deve ser transformado em um centro de pesquisa atômica, o número de centrífugas do tipo de IR1 caiu de 2.710 para 2.452 em um período de quatro semanas.

No total, o tratado de Viena prevê que o Irã tenha durante um período de 10 anos apenas 6.104 centrífugas do tipo IR1, mais lentas, e nenhuma IR2, mais avançadas e rápidas.

"Os analistas da AIEA não sabem ainda quanto tempo será necessário para cumprir o acordo, já que isso depende de muitos fatores técnicos", explicou um diplomata que tem conhecimento sobre as investigações da pesquisa nuclear no Irã.

Publicidade

Quando o Irã completar os itens estipulados no acordo, as potências internacionais começarão a suspender as sanções econômicas impostas ao país. / EFE e AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.