Iraque anuncia a suspensão do bloqueio aéreo sobre o Curdistão

Aeroportos de Erbil e Solimania estão de novo abertos para voos internacionais, segundo informou o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi

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Por Redação
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BAGDÁ - Autoridades do governo do Iraque anunciaram nesta terça-feira,12, o fim de quase seis meses de bloqueio aéreo no Curdistão iraquiano, imposto em resposta ao referendo de independência realizado nessa região autônoma.

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Os aeroportos de Erbil e Solimania estão de novo abertos para voos internacionais, segundo informou o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi.

O presidente curdo, Massud Barzani, informou ao Parlamento da região semiautônoma no Iraque que não aceitará a prorrogação de seu mandato Foto: AP Photo/Khalid Mohammed

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A decisão foi tomada depois que as autoridades locais do Curdistão aceitaram que as centrais iraquianas recuperassem o controle dos dois aeroporto, segundo o comunicado oficial. A suspensão do bloqueio será aplicada durante os próximos dias, disse à AFP Saad al-Hadithi, porta-voz do gabinete do premiê.

"Dependerá do tempo que for preciso para que os funcionários do governo central comecem a trabalhar nos aeroportos", acrescentou.

No final de setembro, depois da realização do referendo de independência organizado por Erbil, capital da região autônoma, contrariando as autoridades iraquianas, Bagdá exigiu o controle dos aeroportos e postos de fronteira situados no Curdisão.

Também enviaram tropas para recuperar as zonas disputadas nas quais os combatentes curdos foram se posicionando com o passar dos anos, principalmente desde o caos criado em 2014 pela ofensiva do grupo Estado Islâmico (EI). 

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O Curdistão perdeu assim seus recursos petroleiros da província de Kirkuk. Bagdá reclamava o controle no Curdistão de temas como passaportes e permissões de residência, assim como das alfândegas e tarifas alfandegária. Erbil cedeu sobre este último ponto e o controle da segurança dos aeroportos era o que ficara pendente.

Desde o início do bloqueio, todos os voos do Curdistão com destino a outros países transitavam por Bagdá e os estrangeiros tinham de solicitar visto às autoridades federais, algo que não acontecia antes. / AFP

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