Iraque exuma corpos de 470 soldados mortos pelo EI em Tikrit

Autoridades encontraram mais de uma dezenas de valas comuns nos arredores do palácio presidencial quando recuperaram o controle da cidade das mãos dos jihadistas, em março

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BAGDÁ - Um total de 470 corpos foram exumados de valas comuns na cidade de Tikrit, no Iraque, onde o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) cometeu execuções sumárias, informou nesta quinta-feira, 28, o Ministério de Saúde do Iraque.

Em entrevista coletiva, a ministra Adila Hammoud disse que os corpos transferidos aos legistas pertencem a vítimas do massacre ocorrido na base militar aérea Spiker. Esta base, localizada ao norte de Tikrit, foi dominada pelo EI em junho de 2014. Calcula-se que havia cerca de 1,7 mil soldados em seu interior no momento da captura.

Tanques iraquianos se posicionam ao norte de Tikrit para enfrentar combatentes do Estado Islâmico Foto: AFP PHOTO / AHMAD AL-RUBAYE

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Hammoud informou que os resultados das análises dos corpos serão anunciados na próxima semana e alegou que os legistas precisam de instrumentos complementares para acelerar seu trabalho.

As forças iraquianas começaram a escavar no início de abril 12 fossas clandestinas achadas em Tikrit, no complexo de palácios presidenciais, depois que recuperaram o controle da cidade no dia 31 de março. Durante as primeiras exumações foram descobertos documentos de identidade e uniformes de soldados da base Spiker.

O massacre nesta sede militar foi um dos mais graves e desencadeou atos de vingança de milícias xiitas contra tribos sunitas, as quais acusaram de apoiar os jihadistas neste caso. Em setembro, a Human Rights Watch (HRW) denunciou que entre 560 e 770 homens, a maioria soldados do Exército iraquiano, foram executados pelos extremistas em junho de 2014 em Tikrit. / EFE

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