JERUSALÉM - Israel não cortará os contatos com a Autoridade Palestina (AP) devido ao pacto de reconciliação alcançado com o movimento islamita Hamas, garantiu o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, a membros do seu gabinete, segundo informou nesta terça-feira, 17, o jornal "Haaretz".
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O governo israelense não reconhecerá o acordo, mas tampouco impedirá seu cumprimento nem romperá relações com a AP, disse Netanyahu em um encontro esta semana do denominado Gabinete de Segurança, um grupo seleto de ministros que decide sobre questões relevantes.
Nesse sentido, Israel permitiu na última semana a entrada de 120 ministros e funcionários palestinos na Faixa de Gaza para tomar o controle dos ministérios e da administração nesse território, após o Hamas (no poder no enclave há uma década) optar por devolver à AP a responsabilidade de gestão.
Segundo três fontes cientes do encontro citadas pelo jornal, Netanyahu declarou que facilitará o cumprimento do pacto e o retorno de líderes da AP a Gaza por considerar que isso beneficia Israel e que ajudará a melhorar as condições de vida em Gaza, o que também é de interesse israelense.
Netanyahu destacou aos ministros que informou a Egito e Estados Unidos que o acordo de reconciliação não servirá para facilitar o reinício de conversações de paz entre israelenses e palestinos, que a Casa Branca tenta impulsionar.
O gabinete de Segurança deve reunir novamente nesta terça para estabelecer as políticas concretas que Israel tomará a respeito da reconciliação palestina.
Na quinta-feira passada, as duas principais facções palestinas, Hamas e o partido nacionalista Fatah (que controla a AP) assinaram no Cairo o pacto de reconciliação alcançado com mediação egípcia para pôr fim a dez anos de divisão que mantiveram governos paralelos em Gaza e Cisjordânia. / EFE