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Israel ordena o retorno da equipe que negociava trégua permanente

Primeiro-ministro Netanyahu diz que decisão é consequência do disparo de foguetes de Gaza contra o território israelense

Atualização:

GAZA - O lançamento de três foguetes por milícias palestinas contra o sul de Israel e ataques israelenses como resposta bélica prejudicaram nesta terça-feira, 19, os diálogos em busca de um cessar-fogo permanente que eram realizados no Cairo. Segundo o jornal Haaretz, após ficar sabendo dos disparos ao sul de Israel, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ordenou o retorno da delegação que há dias negociava na capital egípcia um cessar-fogo permanente.

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"Fontes do governo disseram que as negociações sobre a trégua foram encerradas e, após o lançamento de foguetes desde Gaza, o primeiro-ministro e o ministro da Defesa (Moshé Yaalon) ordenaram o retorno da delegação israelense", disse uma fonte citada pelo jornal.

Segundo o Exército israelense, projéteis lançados a partir da Faixa de Gaza caíram em áreas descampadas próximas à cidade de Beerseba sem deixar vítimas. Na sequência, Israel confirmou que suas forças tinham respondido à agressão com ataques contra Gaza, mas sem especificar em quais locais.

Os disparos ocorreram horas depois de Israel e milícias palestinas terem retomado as negociações para um cessar-fogo permanente. Na noite de segunda-feira, os dois lados aceitaram uma proposta de mediadores egípcios para prolongar a trégua por mais 24 horas, até a meia-noite desta terça (18 horas no horário de Brasília), o que daria algumas horas a mais para se chegar a um acordo.

Durante as negociações indiretas, Israel e os palestinos afirmaram publicamente que não recuariam em suas exigências durante as negociações. O Hamas quer um final para o bloqueio econômico ao território imposto por Israel e pelo Egito. Israel exige a desmilitarização do território.

Fontes palestinas em Gaza disseram que aviões de combate israelenses bombardearam zonas agrícolas na cidade setentrional de Beit Lahia e outras áreas do norte, acusando o governo israelense de ter rompido a trégua. / EFE

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