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Israel se apropria de 400 hectares de terra na Cisjordânia

Área pode ser destinada para a construção de novos assentamentos; EUA dizem que decisão prejudica esforços pela paz

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Por Redação
Atualização:
Casas pré-fabricadas no assentamento de Gevaot, na Cisjordânia Foto: Ronen Zvulun/Reuters

JERUSALÉM - Israel decidiu se apropriar de quase 400 hectares de terra na Cisjordânia no domingo, possivelmente para a construção de novos assentamentos. O anúncio foi feito pela unidade militar de implementação das políticas de Israel em territórios palestinos.

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Segundo a imprensa local, a área dos 400 hectares foi declarada como sendo "terras do Estado" israelense.

Os Estados Unidos classificaram a decisão de "contraprodutiva" para os esforços de paz na região e pediram que o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu reveja a decisão, afirmou um funcionário do Departamento de Estado americano.

Segundo o grupo anti-assentamentos Peace Now, essa é a maior declaração de Israel sobre o tema desde os anos 1980. O grupo afirma que as terras são destinados à expansão do pequeno assentamento de Gevaot, que poderia crescer até uma cidade ligada à chamada Linha Verde, marca da fronteira que existia antes da guerra de 1967.

O gabinete do presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, requisitou que a decisão seja revogada e alertou para o aumento das tensões entre Israel e palestinos. "O anúncio reflete a intenção de Israel de destruir qualquer presença palestina no território e impor a solução de um Estado", afirmou a autoridade da Organização para a Libertação da Palestina Hanan Ashrawi. / NYT

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