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Jornal alemão publica edição em turco para celebrar Dia da Liberdade de Imprensa

Publicação denuncia a censura exercida pelo governo do presidente da Turquia e a falta de ação das autoridades europeia

Atualização:

BERLIM - Um jornal de Berlim lançou nesta terça-feira, 3, uma edição bilíngue em turco para celebrar o Dia da Liberdade de Imprensa e denunciar a censura exercida pelo governo de Recep Tayip Erdogan e o silêncio das autoridades europeias.

“Teria-se que estar em um estado de negação muito grande para ignorar a veemência com a qual o presidente turco combate a liberdade de imprensa”, destaca o diário de esquerda Die Tageszeitung em seu editorial.

Acusadode ter 'vocação autoritária', opresidente turcoRecep Tayyip Erdogan é conhecido poratacar verbalmente pessoas que considera cúmplices do terrorismo, como políticos, jornalistas, intelectuais. A lista da Time o considera um dos líderes mais influentes do mundo Foto: Damon Winter/The New York Times

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Na edição de 16 páginas entitulada “Sem censura/Sansursuz”, participaram também jornalistas turcos da revista Agos e do jornal BirGun. Um dos artigos recebeu o título “O que o governo esconde?”.

Nas últimas semanas, a chanceler alemã Angela Merkel tem sido muito criticada por não se mostrar mais firme frente aos atentados contra a liberdade de expressão na Turquia.

No mês passado, Merkel recebeu muitas críticas por permitir a acusação do autor de uma sátira contra o presidente turco. “O governo alemão, que depende da boa vontade da Turquia, o deixa fazer, exceto por algumas críticas esporádicas. Não seremos cúmplices”, destacou o diário. “São nossos colegas turcos os que pagam o preço.”

A Turquia se comprometeu com a União Europeia a frear a onda de imigração e impedir que os refugiados cruzem a Grécia de suas costas. Os turcos também se comprometeram a acolher em seu território os imigrantes irregulares que forem devolvidos da Europa, em troca de ajuda financeira e de uma aceleração no processo de liberação de vistos para que os turcos viajem à União Europeia. /AFP

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