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Jornalistas impedidos de entrar na Venezuela voltam para o Peru

Os quatro funcionários da emissora mexicana Televisa foram impedidos de entrar o país para acompanhar a marcha da oposição contra Maduro por falta de visto de trabalho, segundo a chancelaria peruana

Atualização:

LIMA - Os quatro jornalistas peruanos impedidos de entrar na Venezuela na quarta-feira para acompanhar a marcha da oposição contra o presidente Nicolás Maduro voltaram nesta quinta, 27, a Lima, informou o ministério de Relações Exteriores do Peru, em comunicado.

Os jornalistas Ricardo Burgos, Armando Muñoz, Leonidas Chávez e Ricardo Venegas, todos funcionários da emissora mexicana Televisa, foram barrados no aeroporto de Maiquetía, em Caracas, logo que desembarcaram no país. Eles pegaram um voo comercial em direção ao Peru logo depois que as autoridades venezuelanas ratificaram a decisão de impedi-los de entrar no país "de acordo com a lei vigente", disse a chancelaria peruana.

Jornalistas peruanos que cobririam marcha do oposição foram impedidos de entrar na Venezuela Foto: Reprodução|Twitter|@ljcisneros

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Os quatro não teriam o visto emitido pelas autoridades venezuelana para permitir o exercício da função jornalística no país. Ele ficaram cerca de um dia em uma área de trânsito do aeroporto, onde receberam ajuda do cônsul-geral do Peru em Caracas, Ricardo López, para terem seus direitos respeitados.

"As autoridades venezuelanas de imigração declararam que não podíamos entrar e trabalhar no país. Isso mudou todos os planos de cobertura da marcha que tínhamos recebidos da Televisa", afirmou Burgos ao desembarcar em Lima. "Nos aplicaram um artigo da lei de estrangeiros que diz que todos os jornalistas que chegam para trabalhar na Venezuela têm que estar credenciados junto ao Ministério do Poder Popular para a Comunicação e Informação."

Ao contrário dos funcionários da Televisa, o fotógrafo da agência Associated Press (AP), Rodrigo Abd, que também ficou um período retido em Maiquetía, conseguiu entrar na Venezuela depois de provar que contava com as permissões necessárias para trabalhar no país, informaram seus colegas. / EFE e AFP

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