Juiz decreta prisão preventiva do ex-presidente da Guatemala

Otto Pérez Molina foi acusado formalmente dos delitos de formação de quadrilha, caso especial de defraudação aduaneira e suborno passivo

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CIDADE DA GUATEMALA - O juiz Miguel Ángel Gálvez decretou nesta terça-feira, 8, prisão preventiva para o ex-presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, para quem já havia ditado um auto de indiciamento por seu suposto envolvimento em uma rede de corrupção.

Pérez Molina cumpria prisão provisória em um quartel militar da capital guatemalteca desde quinta-feira, mesmo dia em que o Congresso aceitou a renúncia que apresentou para enfrentar a Justiça.

O ex-presidente da Guatemala Otto Pérez Molina teve prisão preventiva decretada Foto: AP Photo/Moises Castillo

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O magistrado argumentou hoje durante uma audiência que o "prudente" é ordenar a prisão preventiva de Pérez Molina perante o risco de que crie obstáculos à obtenção de provas pelo cargo que ocupou.

"Este órgão considera que o perigo de fuga e obstaculização à verdade não está superado", afirmou o juiz, ao rejeitar o pedido do advogado do ex-presidente, César Calderón, de deixá-lo em prisão domiciliar por existir uma medida de proibição de saída do país.

Nesta terça-feira, Gálvez já havia ditado o indiciamento de Pérez Molina, por considerar que existem "indícios razoáveis suficientes" que estabelecem sua vinculação com a rede de corrupção no órgão arrecadador de impostos do país que foi desmantelada em abril.

Pérez Molina, um general reformado de 64 anos, disse após a audiência de hoje estar "frustrado" com a Justiça de seu país, e expressou sua inconformidade com a decisão de Gálvez de mantê-lo na prisão.

O ex-presidente foi acusado formalmente pelo Ministério Público dos delitos de formação de quadrilha, caso especial de defraudação aduaneira e suborno passivo. / EFE

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