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Justiça da Venezuela rejeita recurso da procuradora-geral contra Constituinte

Luisa Ortega apresentou a ação na quinta-feira, alegando que a decisão do presidente Nicolás Maduro minava os direitos humanos e a democracia

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela rejeitou nesta segunda-feira, 12, um recurso apresentado pela procuradora-geral, Luisa Ortega, contra a Assembleia Nacional Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro.

"Pela acumulação inepta de pretensões, a Sala Eleitoral do TSJ declara inadmissível o recurso", anunciou o tribunal em sua conta no Twitter.

Luisa Ortega, veterana partidária do chavismo, pediu a anulação da Constituinte convocada por Maduro há um mês e meio Foto: REUTERS/Marco Bello

Ortega apresentou a ação na quinta-feira 8, alegando que a Constituinte minava os direitos humanos e a democracia.

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A Sala Eleitoral justificou a decisão "por acúmulo em um mesmo recurso de pretensões de nulidade de atuações que emanam de vários organismos públicos, cujo conhecimento corresponde a diferentes jurisdições", de acordo com a decisão.

Ortega, veterana partidária do chavismo, pediu a anulação da Constituinte convocada pelo presidente há um mês e meio, e cujas bases apresentadas foram aprovadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), para eleger 545 membros da Assembleia no dia 30 de julho.

A Sala Eleitoral também declarou "inoficiosa a decisão sobre a medida cautelar e, secundariamente, a liminar" que bloquearia o processo constitucional, tendo sido o recurso declarado inadmissível.

A decisão da Sala retarda o apelo feito pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) para que nesta segunda-feira seus partidários formalizassem seu apoio ao recurso da procuradora na sede do TSJ, cujos acessos foram bloqueados pelas forças de segurança.

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A oposição considera que a iniciativa do presidente deveria ser alvo de uma consulta em um referendo e que o sistema eleitoral proposto é "fraudulento" e permitirá ao chavismo controlar a Assembleia Constituinte, que terá "super-poderes" acima de todas as instituições e leis.

Ao apresentar o recurso, a procuradora aprofundou as fissuras abertas no partido em meio aos protestos da oposição, iniciados no dia 1.º de abril, com violentos distúrbios que deixaram 66 mortos. / AFP

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