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Justiça japonesa amplia benefícios a vítimas da bomba atômica

Benefício será pago para cobrir despesas de saúde de vítimas que vivem no exterior e deve beneficiar cerca de 4 mil pessoas

Atualização:

TÓQUIO - O governo do Japão deverá cobrir os gastos médicos dos sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki que vivem no exterior, determinou nesta quarta-feira, 9, o Supremo Tribunal do país. A decisão deve beneficiar 4 mil pessoas. 

O país asiático já fornece aos sobreviventes emigrados uma bolsa mensal dentro um programa de auxílio específico. No entanto, a partir de agora, deverá cobrir todas as despesas saúde dessas pessoas como se as mesmas residissem no Japão.

O prefeito de Hiroshima,Kazsumi Matsui, apresenta a lista atualizada anualmente com os mortos em razão da bomba atômica que atingiu a cidade há 70 anos Foto: JIJI PRESS JAPAN OUT/AFP

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Essa decisão acontece depois do recurso apresentado em 2011 por um sobrevivente do ataque e pelos familiares de duas vítimas das bombas, que reivindicavam que o Estado japonês arcasse com suas despesas de saúde na Coreia do Sul, país onde residem atualmente.

A sentença de hoje afetará todas as decisões anteriores de tribunais japoneses que rejeitaram a cobertura total dos gastos de saúde, o que beneficiará aproximadamente 4.200 sobreviventes dos ataques atômicos que atualmente vivem em 33 países.

Há 70 anos, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, aviões americanos lançaram bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, deixando mais de 240 mil mortos nas duas cidades.

De acordo com um levantamento feito em março do ano passado, o número total de sobreviventes dos bombardeios atômicos no Japão e em outros países era de 183.519, praticamente metade dos 372.264 que estavam vivos em 1980, e sua média de idade é, pela primeira vez, superior aos 80 anos. / EFE

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