MÉXICO - O Tribunal Eleitoral do México decidiu, na noite de quinta-feira, 30, por unanimidade, rejeitar o pedido da coalizão de esquerda Movimento Progressista para anular as eleições presidenciais de 1º de julho.
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Após cinco horas e meia de debate, os sete magistrados da Sala Superior do Tribunal Eleitoral votaram a favor do projeto de sentença elaborado por uma comissão, que declara "infundados" todos os argumentos apresentados pela coalizão para pedir a invalidez do pleito.
Os magistrados expuseram amplamente suas considerações jurídicas em respaldo ao projeto de sentença, que sustenta que as eleições foram livres e autênticas. Em seus discursos, assinalaram que a demanda apresentada pelo Movimento Progressista e seu candidato, Andrés Manuel López Obrador, não conseguiu apresentar provas indubitáveis de que houve violações à Constituição e à legislação eleitoral para invalidar o pleito.
A esquerda afirmou que as eleições de 1º de julho foram marcadas pela iniquidade, a compra de votos, o desrespeito ao teto das despesas de campanha, a parcialidade da imprensa e a manipulação das pesquisas em favor do candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Enrique Peña Nieto.
Após a decisão desta quinta-feira, os magistrados ainda deverão emitir uma sentença final de validação do pleito e designar Peña Nieto como presidente eleito o mais tardar em 6 de setembro.
Segundo a apuração oficial, Peña Nieto obteve 38,21% dos votos, seguido pelo candidato do Movimento Progressista, Andrés Manuel López Obrador, que alcançou 31,59% do total.