WASHINGTON - Os líderes democratas no Congresso concordaram na quarta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trabalharem em conjunto para conseguirem proteção legal aos 800 mil jovens sem documentos conhecidos como "dreamers" (sonhadores, em tradução livre), informaram através de um comunicado.
Eles também acertaram, segundo a versão dos democratas, em negociar um pacote orçamentário para financiar a segurança da fronteira que "seja aceitável para as duas partes" o que, portanto, exclui qualquer contrapartida para o muro na divisa com o México.
"Tivemos um encontro muito produtivo na Casa Branca com o presidente. A conversa foi concentrada no Daca (projeto criado pelo ex-presidente Barack Obama para proteger os 'Dreamers'). Concordamos transformar rapidamente as proteções do Daca em uma lei", afirmaram os líderes democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara, Nancy Pelosi, que jantaram com Trump.
A Casa Branca, por sua vez, também deu sua versão do encontro em um comunicado, mas não falou de "acordos" com Schumer e Nancy.
Segundo a Casa Branca, Trump e os líderes democratas falaram num um jantar "construtivo" sobre as atuais "prioridades legislativas", que incluem a reforma tributária, segurança das fronteiras, Daca, infraestrutura e comércio, nesta ordem.
O governo americano disse que o encontro foi um "passo positivo" para alcançar "soluções bipartidárias" para os problemas que afetam todos os americanos e mostrou seu desejo de "continuar estas conversas" com os líderes democratas.
Trump encerrou na semana passada o programa Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca, sigla em inglês), feito por Obama, em 2012, que protegeu da deportação e concedeu licenças de trabalho a 800 mil jovens sem documentos que chegaram ainda criança ao país e são conhecidos como "dreamers".
A suspensão, no entanto, só será efetivada daqui seis meses, dando tempo para que o Congresso encontre uma alternativa ao programa de Obama. / EFE