PARIS - Os líderes de França, Alemanha, Ucrânia e Rússia se reúnem nesta sexta-feira, 2, em Paris, onde tentam encontrar soluções para avançar no cumprimento do acordo de Minsk, assinado em fevereiro para encerrar o conflito no leste da Ucrânia. Não faz parte das discussões oficiais, mas deve afetar o clima do encontro a recente entrada da Rússia na guerra da Síria e os bombardeios lançados naquele país por Moscou.
Os quatro líderes asseguram, porém, que as discussões sobre a crise na Ucrânia não serão afetadas pela questão na Síria. A cúpula estava prevista para às 14h15 (9h15 em Brasília), mas ainda não foi anunciado se uma entrevista coletiva conjunta de François Hollande, Angela Merkel, Vlaidmir Putin e Petro Poroshenko será concedida ao final da reunião.
"O tempo é curto. É preciso trabalhar no mais alto nível, criar um clima favorável e promover o conjunto para tentar superar os obstáculos" para obter a aplicação prática dos acordos de Minsk ainda este ano, explicaram fontes da diplomacia francesa.
Esse processo político, no entanto, avança com muita dificuldade. Os separatistas querem organizar eleições locais seguindo suas próprias regras, mas o Parlamento ucraniano segue dividido em Kiev sobre a adoção ou não das medidas que ampliam a autonomia do leste do país.
Mais cedo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro a chegar ao Palácio do Eliseu, teve uma reunião com o colega francês, François Hollande, centrada na crise ucraniana e no recente envolvimento militar de Moscou no conflito sírio.
Um conselheiro de Hollande afirmou que os dois tiveram uma conversa profunda sobre a questão síria na qual tentaram "diminuir as diferenças sobre a transição política" de Damasco. O conselho não detalhou, porém, o resultado da reunião, que durou 1h15.
Pouco depois, às 13 horas (8 horas em Brasília), Merkel e Poroshenko chegaram a Paris e participaram em seguida de encontros bilaterais: Hollande com Poroshenko e Merkel com Putin. / EFE e REUTERS