Líderes opositores alegam que souberam do diálogo entre MUD e governo pela televisão

Henrique Capriles, María Corina Machado e Antonio Ledezma escreveram em suas contas no Twitter que não foram informados sobre o pacto entre coalizão opositora e chavismo

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Por Redação
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CARACAS - Setores da oposição venezuelana estão divergindo sobre o acordo de diálogo com o governo mediado pelo Vaticano. Enquanto a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) comemora a participação do representante do papa Francisco, o monsenhor Emir Paul Tscherrig, líderes opositores alegam que foram informados sobre o pacto apenas pela televisão.

O governador de Miranda, Henrique Capriles, a ex-deputada María Corina Machado e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, escreveram em suas contas no Twitter que souberam dos recentes acontecimento sobre os diálogos por meio da televisão, segundo informações do jornal venezuelano El Nacional.

O líder opositor venezuelanoHenrique Capriles é um dos principais defendores do referendo revogatório contra Maduro Foto: Marco Bello/Reuters

“Hoje às 7pm em #PerguntaCapriles discutiremos sobre temas que vimos na televisão”, escreveu Capriles. O líder opositor afirmou que é favorável às conversas e destacou que “um diálogo que alcança objetivos é um diálogo que cria soluções”. Ele também criticou o governo por utilizar o acordo “em benefício de sua própria agenda”. “Não se resolve a crise sentando-se com o governo e tirando uma foto.”

A mulher de Ledezma, Mitzy de Capriles, garantiu que o prefeito soube da decisão do mesmo modo. “Lamentável ver o revogatório morrer e seguir a repressão do governo impunemente”, disse ela no Twitter do marido.

“Soube pela TV que alguns partidos da oposição aceitam começar um diálogo patrocinado pela Unasul e (ex-presidente da Espanha José Luis Rodríguez) Zapatero, sem a participação da OEA”, escreveu María Corina.

A MUD afirmou que exigirá nas conversas respeito ao direito de voto, liberdade para presos políticos e volta dos exilados, atenção às vítimas da crise humanitária e respeito à autonomia dos poderes. A nova rodada de diálogo entre o chavismo e a oposição está marcada para o dia 30, na Ilha de Margarita. O encontro conta com o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). / EFE

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