Lobby pró-armas rejeita propostas feitas por Trump
NRA afirmou ser contra o aumento da idade mínima para a compra de rifles e fuzis ou qualquer outra proibição na questão da venda de armas
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Por Redação
Atualização:
WASHINGTON - A Associação Nacional de Rifle dos Estados Unidos (NRA, na sigla em inglês) rejeitou neste domingo, 25, as propostas do presidente Donald Trump e outros republicanos para mudar as leis de armas após o ataque em uma escola em Parkland, na Flórida, que deixou 17 mortos e deu origem a um movimento de estudantes por mais rigor nas leis.
O principal lobby pró-armas não apoia as iniciativas de Trump para aumentar o limite da idade permitida para a compra de certos tipos de armas, como os fuzis de estilo militar AR-15, iguais ao usado por Nikolas Cruz no massacre na escola Marjory Stoneman Douglas. A NRA também rejeita a proibição de acessórios que permitem que rifles semiautomáticos disparem centenas de vezes por minuto, disse uma porta-voz no programa de televisão This Week, do Canal ABC. “A NRA não apoia qualquer proibição”, disse Dana Loesch.
Na semana passada, o CEO da NRA, Wayne LaPierre, havia dito que o direito de ter armas foi dado “por Deus” a todos os americanos e não pode ser tirado pelos homens.
Após o massacre do dia 14, Trump deu um pequeno passo para um possível reforço do controle de armas ao apoiar um projeto de lei para aumentar o alcance da base de dados federais para impedir que pessoas com antecedentes criminais possam comprar armas. Na semana passada, Trump mudou o foco da resposta aos massacres no país do controle de armas para a segurança nas escolas e defendeu que professores pudessem ser treinados e portar armas nas escolas.
Trump recebeu financiamento da NRA para sua campanha presidencial de 2016 e muitas vezes reforça o seu apoio ao direito constitucional de ter armas, a 2.ª Emenda.
Ataque em escola na Flórida mata 17
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Ataque em escola na Flórida mata 17
O jovem Nikolas Cruz, de 19 anos, matou 17 pessoas em uma escola na Flórida na quarta-feira 14. Ele estudou no local e, segundo testemunhas, era descr... Foto: AP Photo/Joel AuerbachMais
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O xerife Scott Israel, do Condado de Broward, responsável pela região, afirmou que o suspeito usou um rifle AR-15 contra os estudantes Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP
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Segundo relatos, Cruz usava máscara de gás, um chapéu preto e calça e blusa marrons no momento do ataque Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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Ele seria integrante de grupos pró-armas nas redes sociais e teria participado de debates na internet sobre fabricação de bombas Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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O atirador chegou ao colégio Marjory Stoneman Douglas no horário de saída dos alunos. Antes de atacar, ele disparou o alarme de incêndio, justamente p... Foto: Saul Martinez/The New York TimesMais
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Ele foi preso sem apresentar resistência na cidade vizinha de Coral Springs, cerca de uma hora após deixar a escola Foto: John McCall/South Florida Sun-Sentinel via AP
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Nikolas Cruz foi acusado formalmente de 17 homicídios premeditados. Um promotor público do Estado apresentou as acusações no dia seguinte ao ataque Foto: Mike Stocker-South Florida Sun-Sentinel via AP
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Segundo autoridades, o agressor comprou a arma usada no massacre legalmente. Era conhecido como um jovem amante das armas que havia sido expulso do co... Foto: ReutersMais
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Nikolas Cruz tinha problemas familiares e perdeu a mãe adotiva recentemente, antes de se mudar para a casa de amigos, onde apresentava um comportament... Foto: ReutersMais
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Cruz e seu irmão biológico, Zachary, são filhos adotivos. Seus pais os adotaram depois de terem se mudado de Nova York para a Flórida, nos anos 1990 Foto: Michele Eve Sandberg/AFP
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Cruz chegou a receber tratamento psicológico por um tempo, mas desistiu das sessões há mais de um ano, segundo o prefeito do Condado de Broward, Beam ... Foto: Cristóbal Herrera/EFEMais
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A família está cooperando com as investigações e não é suspeita de colaborar com o ataque, segundo o relato do advogado que a representa Foto: Mike Stocker/South Florida Sun-Sentinel via AP
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O presidente dos EUA, Donald Trump, atribuiu o ataque a um distúrbio mental e à falta de vigilância Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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Trump não mencionou em momento algum a questão do controle sobre a venda de armas de fogo Foto: Reuters
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Nascido em setembro de 1998, Cruz (centro) havia publicado nas redes sociais mensagens "muito alarmantes", indicou o xerife Scott Israel Foto: AFP PHOTO / AFP TV / Miguel GUTTIEREZ
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Um dia antes do ataque, o jovem (foto) postou um vídeo em uma rede social afirmando que "coisas ruins vão acontecer amanhã" (quarta-feira) Foto: Broward County Sheriff/Handout via REUTERS
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Um estudante entrevistado pela emissora local WSVN-7 explicou que o jovem era "um menino com problemas" que possuía armas em casa e falava em usá-las.... Foto: Instagram via APMais
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Outro estudante entrevistado pela emissora WJXT afirmou que era previsível que Cruz cometesse um ataque.A foto foi postada pelo agressorem sua conta n... Foto: Instagram via APMais
Ao se declarar a favor da elevação da idade mínima para compra de rifles e fuzis de 18 para 21 anos, Trump entrou em confronto pela primeira vez com o poderoso lobby pró-armas.
A entidade sustenta que o aumento da idade viola direitos constitucionais. Apesar de poderem adquirir fuzis em alguns Estados, menores de 21 anos são proibidos de comprar bebidas alcoólicas em todo o país. Nikolas Cruz tinha 19 anos e comprou um fuzil modelo AR-15 legalmente.
A NRA também enfrenta outras frentes de ataques. O massacre do dia 14 mobilizou estudantes para pressionar por restrições em vendas de armas e encorajou várias empresas a cortar seus vínculos com o lobby, além de dar novas energias aos grupos ativistas pelo controle de armas.
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Estados. Os pedidos de endurecimento na legislação podem ir além da Flórida. O ataque em Parkland foi tema do encontro da Associação Nacional de Governadores no fim de semana, quando governadores democratas e republicanos disseram considerar adotar leis mais rígidas para a posse de armas em seus Estados.
A proposta sobre a idade mínima para a compra de determinadas armas, por exemplo, ganhou o apoio do governador da Flórida, Rick Scott, antigo partidário da NRA, e do governador de Ohio, John Kasich. Governadores de Michigan, Tennessee e Colorado afirmaram que estão repensando o tema e estão abertos a mudanças. / REUTERS E W. POST