CARACAS - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro anunciou na noite de terça-feira uma grande reestruturação de seu gabinete de governo como parte da "revolução dentro da revolução" proposta por ele há alguns meses com a intenção de aumentar a eficiência da administração. As mudanças mais signicativas foram nos ministérios de Relações Exteriores e de Petróleo, além da mudança na presidência da estatal de petróleo PDVSA.
Maduro retirou Rafael Ramírez dos dois cargos que ocupava - ministro do Petróleo e Mineração e chefe da PDVSA. Críticos disseram que a reformulação do gabinete ficou aquém da reforma necessária para reverter o declínio econômico do país.
O ex-chefe de produção e exploração da PDVSA Eulogio Del Pino foi promovido ao mais alto cargo da empresa e Asdrúbal Chávez, primo do ex-presidente Hugo Chávez, foi nomeado ministro de Energia e Mineração.
A reforma do gabinete, fortemente divulgada, pretende renovar o governo no momento em que a desaceleração da economia, a inflação e a escassez de produtos crônica fazem com que Maduro busque melhorar a produção de petróleo e dinamizar o inchado setor público.
Ramírez havia sido nomeado ministro do Petróleo em 2002 e, em 2004, para comandar simultaneamente a PDVSA. Asdrúbal Chávez, engenheiro químico por formação, era vice-presidente de comércio e Abastecimento da estatal.
Ministérios. Outra mudança anunciada por Maduro foi a junção dos ministérios de Educação Universitária e de Ciência e Tecnologia. Agora o Ministério de Educação Universitária, Ciência e Tecnologia é comandado pelo ministro Manuel Fernández e pelo vice-ministro Jheyson Guzmán.
Os ministérios da Juventude e dos Esportes também foram unificados. O novo ministro será Antonio Álvarez e o vice-ministro, Víctor Clarck.
O novo Ministério da Habitação e Ecossocialismo une os ministérios do Meio-Ambiente e da Habitação e será comandado pelo ministro Ricardo Molina. O vice será Miguel Leonardo Rodríguez. / REUTERS