Maduro completa 3 anos no poder com pressão da oposição para tirá-lo do cargo

O presidente da Venezuela chega à metade do seu mandato e, por isso, opositores trabalhar para colher 200 mil assinaturas e iniciar o processo de abertura de um referendo para retirá-lo da presidência

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CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, completa 3 anos no poder nesta terça-feira, 19. Assim, chega à metade dos seus 6 anos previstos de governo, numa jornada na qual a oposição se mobiliza em todo o país para pressionar um referendo revogando seu mandato.

Sob o lema de "nada vai deter a mudança", os líderes opositores realizaram um ato público no leste de Caracas, capital venezuelana, e habilitaram 1.500 pontos de informação em todo o país para pedir ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ao qual acusam de ser aliado do governo socialista, que limpe o caminho para a revogação (do mandato).

Presidente da VenezuelaNicolás Maduro Foto: AFP PHOTO/FEDERICO PARRA

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Legalmente, o referendo revogatório pode ser solicitado uma vez que o mandatário cumpra a metade de seu governo. Mas, para ativar o processo de coleta das 4 milhões de assinaturas necessárias para a convocação da consulta popular, o CNE pede que haja, primeiro, pelo menos 200 mil.

Multiplicando sua ofensiva contra Maduro, a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que controla o Parlamento pela primeira vez em 17 anos de hegemonia chavista, também pretende apresentar, nesta semana, na Assembleia Nacional, uma emenda constitucional para encurtar o mandato presidencial.

"A ativação das saídas democráticas e a convocação do povo são para revogar a deterioração da qualidade de vida e, inclusive, a deterioração pública. Queremos uma mudança, e queremos fazê-la com os votos do povo, em paz e pela paz", afirmou o secretário executivo do MUD, Jesús Torrealba.

Apesar disso, em seu terceiro ano no poder, Maduro comanda uma grande marcha de seguidores para comemorar o início, em 1810, da luta pela independência do domínio espanhol. "A pátria não se rende", diz a convocação.

"Hoje (terça-feira, 19) dizemos, novamente, não ao imperialismo (...) e o Povo na rua reafirmará sua força Revolucionária", destacou o presidente socialista na sua conta no Twitter. /AFP

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