Maduro declara apoio a plano de paz com Assad

Líder venezuelano respalda criação de uma ampla coalizão internacional de combate ao terrorismo que inclua o presidente sírio

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Por Cláudia Trevisa e NOVA YORK
Atualização:

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou ontem apoio à proposta do líder russo, Vladimir Putin, de criação de uma ampla coalizão internacional de combate ao terrorismo que inclua o presidente sírio, Bashar Assad. Em discurso na Assembleia-Geral da ONU, o venezuelano também criticou as guerras do Afeganistão, Iraque e Líbia e as apontou como a origem da turbulência que afeta Oriente Médio e Norte da África.

Maduro diz que Assad tem de estar incluído na resolução da crise na Síria Foto: EFE/JASON SZENES

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Ecoando as posições de Putin e do presidente iraniano, Hassan Rohani, Maduro se manifestou contra intervenções militares em outros países. “A Síria parece um filme de terror, desses que se faz em Hollywood”, declarou. No ano passado, os EUA e seus aliados iniciaram bombardeios a posições do Estado Islâmico. Putin sustenta que as ações violam as leis internacionais, por serem realizadas sem concordância de Assad e sem chancela da ONU. 

Maduro elogiou o presidente americano, Barack Obama, por sua “valentia” em restabelecer relações diplomáticas com Cuba. O presidente, no entanto, classificou de “conspiração” a decisão dos EUA de declarar a Venezuela como uma ameaça a sua segurança nacional em decreto que impôs sanções a sete autoridades do país acusadas de violação dos direitos humanos.

O líder de Caracas afirmou que o decreto é uma “espada de Dâmocles” contra seu país. O presidente observou que iniciou um diálogo com os EUA “no mesmo espírito de Cuba”.

Maduro também felicitou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pelo avanço rumo a um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia anunciado há uma semana. No mês passado, a Venezuela fechou a fronteira com o país vizinho e deportou milhares de colombianos.

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