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Maduro diz que sistema de controle de compras limitará contrabando

Presidente venezuelano não informou se o programa de identificação digital será instalado apenas em Estados da fronteira

Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que a criação de um sistema de identificação digital em estabelecimentos comerciais que vendem alimentos limitará o contrabando de produtos subsidiados pelo governo para países vizinhos.

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O sistema, anunciado na quarta-feira, pretende amenizar a carência crônica de produtos ao evitar que as pessoas comprem os mesmos bens de consumo mais de uma vez na mesma semana. "Criaremos um sistema biométrico em toda a cadeia de distribuição e varejo, pública e privada", afirmou Maduro em um pronunciamento televisionado, quando também anunciou várias comissões anticontrabando.

Maduro não disse se o sistema será instalado em todo o país ou somente em Estados fronteiriços.

O controle de preços e os subsídios pesados permitem aos venezuelanos comprar produtos alimentícios, levá-los de carro até a fronteira com a Colômbia e revendê-los com uma boa margem de lucro. Também surgiram mercados negros dentro da Venezuela, com vendedores informais revendendo produtos escassos com preços mais altos.

A medida amplia um sistema criado no início deste ano para limitar compras em supermercados estatais por meio de leitores de impressão digital e um cartão "Suprimento de Alimento Garantido", criticado por lembrar os cartões de racionamento de Cuba.

Fronteira. Na semana passada, Caracas anunciou que fecharia a fronteira com a Colômbia para evitar o contrabando de alimentos e gasolina. O subsídio aos combustíveis na Venezuela permite aos motoristas comprar mais de 200 galões da gasolina pelo equivalente a US$ 1.

Maduro afirmou que a escassez de produtos, que cria longas filas e às vezes causa desabastecimento, é resultado do contrabando, que desvia pelo menos 40% da comida e dos remédios para outros países. Críticos insistem que a escassez é sinal de que as políticas socialistas implementadas pelo ex-presidente Hugo Chávez, morto em 2013, estão fracassando. / REUTERS

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