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Maduro reabre fronteira e venezuelanos terão 12 horas para comprar alimentos na Colômbia

Passagem de pedestres ficará aberta entre as pontes Simón Bolívar, na Venezuela, e Francisco de Paula Santander, no território colombiano

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - Os venezuelanos que moram perto da Colômbia terão 12 horas para cruzar a fronteira no domingo e fazer compras no país vizinho, após uma autorização dada pelo presidente Nicolás Maduro. A passagem foi fechada em 2015 por ordem de Caracas.

Por 12 horas, uma passagem de pedestres ficará aberta entre as pontes Simón Bolívar, na Venezuela, e Francisco de Paula Santander, na Colômbia, depois que, na terça-feira, cerca de 500 mulheres forçaram o cruzamento da fronteira para adquirir comida e produtos básicos na cidade de Cúcuta.

Mercados na Venezuela não têm diversos produtos, principalmente os de primeira necessidade Foto: REUTERS/Jorge Silva

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Maduro "ordenou que não quer nenhum ferido, nenhum morto, não quer show (...) e se essas mulheres estão decididas a ir outra vez no domingo, podem se reunir, passar para a Colômbia, comprar lá e voltar", disse em entrevista a uma emissora de rádio o governador do estado fronteiriço de Táchira, José Vielma Mora.

A Venezuela trabalha para "que se deem as condições necessárias e se reabra" definitivamente a fronteira, de 2,2 mil km, publicou o governador em sua conta no Twitter neste sábado, 9.

Vielma Mora disse ainda que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, "reconhece" que a medida tomada por Maduro em agosto de 2015 "provocou uma maior segurança". A oposição denuncia, porém, que o fechamento da fronteira agravou a escassez de alimentos e remédios na zona.

Na semana passada, os ministros da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, e da Venezuela, Vladimir Padrino, retomaram as conversas sobre a segurança na área limítrofe, com a possibilidade de restabelecer a passagem.

Maduro ordenou o fechamento da fronteira em 2015, após um ataque de supostos paramilitares colombianos contra uma patrulha militar venezuelana. Três ficaram feridos na cidade de San Antonio del Táchira. /AFP

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