Maduro recomenda criação de galinhas para enfrentar escassez
Em vídeo, presidente venezuelano diz que se ele e sua mulher podem ter uma granja, todos os venezuelanos podem
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Por Redação
Atualização:
CARACAS - Em meio à severa crise de abastecimento na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro apareceu ontem em um vídeo no qual incentiva a população a criar galinhas em casa para enfrentar a escassez de alimentos, replicando uma ideia promovida por seu mentor político, o presidente Hugo Chávez, morto em 2013.
“Todos podem produzir”, diz Maduro no vídeo divulgado nas redes sociais onde aparece ao lado de sua mulher, Cilia Flores, e afirma ter sua própria granja.
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Vestido com um agasalho com as cores da Venezuela, Maduro – que tentará a reeleição em votação antecipada para 20 de maio – percorreu um pequeno galpão onde disse criar 152 galinhas no Estado de Portuguesa. Na segunda-feira, Maduro já havia informado que tinha 100 galinhas poedeiras que abastecem sua família.
“Comemos ovos frescos. Se Cilia e eu fazemos isso, por que todos não podem fazer? Aqui estamos trabalhando, assim podemos, Venezuela”, declarou o presidente a uma população cada vez mais carente de alimentos. Além da hiperinflação, que o FMI calcula em 13.000% até o final do ano, o salário mínimo na Venezuela paga apenas dois quilos de carne de boi e uma bandeja de ovos.
Em setembro, Maduro lançou o “Plano Coelho” no qual incentivava a criação destes animais em casa para paliar a crescente falta de proteína na mesa dos venezuelanos.
Na ocasião, ele pediu aos venezuelanos que vissem os coelhos como algo mais que “um bonito animal de estimação”, buscando defender um plano que promove sua criação e consumo, em meio a duras críticas dos opositores, que rejeitam esse tipo de ideia como solução para a crônica escassez de alimentos. Ele calculou que se pode obter até 80 coelhos por ano com apenas uma coelha.
Imediatamente, páginas de internet do governo começaram a enumerar os benefícios de criar e consumir carne de coelho. Entre os vários planos, ele também criou um que financia projetos para ensinar os cidadãos a plantar alimentos nas lajes e balcões de suas casas. / AFP
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A vida dos venezuelanos em Roraima
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Índios waraoestão abrigados no Ginásio Poliesportivo Pintolândia, em Boa Vista Foto: Gabriela Biló/Estadão
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