Maduro reduz semana útil de 5 para 4 dias visando combater crise provocada pela seca
Presidente da Venezuela estabeleceu que todas as sextas-feiras serão ‘dias não laborais’ durante os meses de abril e maio, mas não detalhou se medida abrangerá os setores público e privado
Por Redação
Atualização:
CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reduziu na quarta-feira os dias úteis da semana de trabalho no país de cinco para quatro, uma medida que faz parte de um plano de dois meses para atender à emergência nacional ocasionada pela seca.
Maduro estabeleceu, por meio de um decreto presidencial que será publicado nesta quinta-feira, 7, "todas as sextas-feiras como dias não laborais a partir desta semana, durante os meses de abril e maio", segundo ele mesmo anunciou em seu canal estatal de televisão VTV, sem detalhar se esta medida abrangerá os setores público e privado.
Cenas da crise venezuelana
1 / 8Cenas da crise venezuelana
Escassez na Venezuela
Consumidora aproveita chegada de alimentos a supermercados para estocar comida Foto: REUTERS/Jorge Silva
Escassez na Venezuela
Exército transporta carregamento de água mineral em Caracas. Em virtude do contrabando e da corrupção, muitas vezes alimentos não chegam aos mercados Foto: REUTERS/Marco Bello
Escassez na Venezuela
Alguns supermercados de Caracas têm prateleiras vazias, com poucas opções Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Escassez na Venezuela
Venezuelanos fazem fila para compras em supermercado de Caracas Foto: EFE/MIGUEL GUTIERREZ
Escassez na Venezuela
Funcionário de supermercado recebe carregamento de pasta de dentes: preços de produtos de higiene são tabelados, mas muitas vezes são difíceis de enco... Foto: REUTERS/Jorge SilvaMais
Escassez na Venezuela
Em mercados do governo, há pouca variedades de marcas em virtude das restrições de importações Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins (VENEZUELA
Escassez na Venezuela
Caixa conta dinheiro em mercado de Caracas: inflação faz os venezuelanos levarem cada vez mais bolívares para as compras Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Escassez na Venezuela
Em alguns mercados, a situação é mais grave e corredores inteiros ficam sem produtos Foto: REUTERS/Jorge Silva
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O "plano de atendimento de emergência" será de oito semanas, durante as quais Maduro pediu "máxima colaboração de todo o país".
"Durante este plano de 60 dias (de 6 de abril a 6 de junho), dois meses, vamos passar pelo momento mais difícil, de maior risco, e tenho certeza que vamos superá-lo sem muitos problemas", afirmou o presidente venezuelano.
Além disso, Maduro ordenou a ampliação da capacidade de autogeração de energia elétrica dos shoppings, que passará de quatro para nove horas, e aqueles que não conseguirem garantir essa capacidade serão objeto de "medidas especiais para garantir a economia", disse.
"Contra situações extremas da natureza, precisamos de consciência extrema", aconselhou o presidente, que também solicitou "disciplina" à população.
Além disso, Maduro se dirigiu diretamente aos usuários residenciais e pediu prudência na utilização de eletrodomésticos, ar-condicionado e outros aparelhos que consomem muita energia. "Se não conseguirmos economizar no âmbito residencial, todas essas medidas simplesmente não serão suficientes", alertou.
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Autoridades explicaram que as medidas servem para enfrentar as consequências da seca causada pelo fenômeno climático do El Niño, o qual diminuiu os níveis da represa de Guri, que alimenta a principal usina hidrelétrica do país, e de vários rios e cursos d'água, que estão em seus níveis mais baixos.
Também foi determinado um plano para o racionamento de água, cujo fornecimento será limitado a poucas horas em várias áreas do país. /EFE
Fim de semana de protestos na Venezuela
1 / 9Fim de semana de protestos na Venezuela
Protestos na Venezuela
Grupo de manifestantes contrários ao presidente Nicolás Maduro pedem sua renúncia em ato em Caracas Foto: EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ
Protestos na Venezuela
Manifestantes pedem a renúncia do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas Foto: AFP PHOTO / FEDERICO PARRA
Protestos na Venezuela
A marcha opositora foi convocada pela Mesa de Unidade Democrática contra o governo de Nicolás Maduro Foto: AFP PHOTO / FEDERICO PARRA
Protestos na Venezuela
'Maduro você está nos matando de fome. Não há remédios. Saia', diz cartaz de opositora venezuelana Foto: AP Photo/Ariana Cubillos
Protestos na Venezuela
Chavistas cumprimentam o presidente Nicolás Maduro em ato em Caracas Foto: AP Photo/Fernando Llano
Protestos na Venezuela
'Obama, derrogue o decreto', diz cartaz de chavista pedindo que o presidente americano anule sanções contra o país Foto: AP Photo/Fernando Llano
Protestos na Venezuela
Chavista segura retrato do presidente Hugo Chávez, morto em 2013, em ato de apoio a Maduro Foto: AP Photo/Fernando Llano
Protestos na Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o deputado Diosdado Cabello participam de ato chavista em Caracas Foto: AP Photo/Fernando Llano
Protestos na Venezuela
Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Henry Ramos Allup, participa de manifestação pela renúncia de Maduro em Caracas Foto: AFP PHOTO / FEDERICO PARRA