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Maduro reduz semana útil de 5 para 4 dias visando combater crise provocada pela seca

Presidente da Venezuela estabeleceu que todas as sextas-feiras serão ‘dias não laborais’ durante os meses de abril e maio, mas não detalhou se medida abrangerá os setores público e privado

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reduziu na quarta-feira os dias úteis da semana de trabalho no país de cinco para quatro, uma medida que faz parte de um plano de dois meses para atender à emergência nacional ocasionada pela seca.

Maduro estabeleceu, por meio de um decreto presidencial que será publicado nesta quinta-feira, 7, "todas as sextas-feiras como dias não laborais a partir desta semana, durante os meses de abril e maio", segundo ele mesmo anunciou em seu canal estatal de televisão VTV, sem detalhar se esta medida abrangerá os setores público e privado.

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O "plano de atendimento de emergência" será de oito semanas, durante as quais Maduro pediu "máxima colaboração de todo o país".

"Durante este plano de 60 dias (de 6 de abril a 6 de junho), dois meses, vamos passar pelo momento mais difícil, de maior risco, e tenho certeza que vamos superá-lo sem muitos problemas", afirmou o presidente venezuelano.

Além disso, Maduro ordenou a ampliação da capacidade de autogeração de energia elétrica dos shoppings, que passará de quatro para nove horas, e aqueles que não conseguirem garantir essa capacidade serão objeto de "medidas especiais para garantir a economia", disse.

"Contra situações extremas da natureza, precisamos de consciência extrema", aconselhou o presidente, que também solicitou "disciplina" à população.

Além disso, Maduro se dirigiu diretamente aos usuários residenciais e pediu prudência na utilização de eletrodomésticos, ar-condicionado e outros aparelhos que consomem muita energia. "Se não conseguirmos economizar no âmbito residencial, todas essas medidas simplesmente não serão suficientes", alertou.

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Autoridades explicaram que as medidas servem para enfrentar as consequências da seca causada pelo fenômeno climático do El Niño, o qual diminuiu os níveis da represa de Guri, que alimenta a principal usina hidrelétrica do país, e de vários rios e cursos d'água, que estão em seus níveis mais baixos.

Também foi determinado um plano para o racionamento de água, cujo fornecimento será limitado a poucas horas em várias áreas do país. /EFE

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