Mais de 70% dos venezuelanos querem saída antecipada de Maduro, diz pesquisa

Segundo levantamento da Datincorp, 29% dos que desejam fim do atual governo venezuelano apontam o referendo revogatório como melhor alternativa

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CARACAS - Pelo menos 72% dos venezuelanos querem a saída antecipada do presidente Nicolás Maduro, enquanto o referendo revogatório aparece como a alternativa com maior apoio para obter este resultado - aponta uma pesquisa da Datincorp, divulgada na segunda-feira. Das 1.196 pessoas entrevistadas na primeira semana de fevereiro, 72% disseram que "querem que o presidente conclua seu mandato antes de 2019", como defende a oposição.

Das opções previstas pela Constituição para que isso aconteça, 29% apoiam que se convoque um referendo revogatório; 14%, uma assembleia constituinte; e 14% preferem um "governo de unidade nacional". A renúncia de Maduro conta com 13% de apoio, enquanto uma intervenção militar desperta simpatia em apenas 2% dos entrevistados.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, faz discurso anual ao Parlamento do país Foto: REUTERS/Miraflores Palace

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Ainda segundo a pesquisa, 65% reprovam a gestão de Nicolás Maduro, enquanto 54% consideram que "as primeiras ações da nova Assembleia Nacional não atendem às expectativas que tinham, quando votaram em 6 de dezembro passado".

Apesar disso, Maduro é o líder chavista mais bem avaliado, com 19%; seguido do vice-presidente Aristóbulo Istúriz, com 2%; e do deputado e ex-presidente do Parlamento Diosdado Cabello, com 1%.

O "opositor mais confiável" é Leopoldo López (18%), que está detido. Depois, aparecem o empresário Lorenzo Mendoza (10%), os governadores Henry Falcón (9%) e Henrique Capriles (7%) e o parlamentar Henry Ramos Allup (6%).

Igrejas, estudantes e empresários foram os atores mais bem avaliados, em contraste com partidos políticos, militares e sindicatos. "Os militares são apoiados por apenas 6% da população", e 74% consideram que "não podem solucionar os problemas do país", acrescentou a Datincorp. A margem de erro da pesquisa é de 2,8%. / AFP

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