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Mais um dos autores de massacre de estudantes no México é preso

Em setembro do ano passado, 43 alunos desapareceram em Iguala; policiais locais, autoridades e traficantes foram acusados pelo crime

Atualização:

A Polícia Federal do México e a Secretaria de Defesa Nacional (Sedena) capturaram Felipe Rodríguez, conhecido como "El Cepillo", membro da organização criminosa Guerreros Unidos e autor material do desaparecimento de 43 estudantes em setembro do ano passado, confirmou nesta sexta-feira a Procuradoria-Geral do país.

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Por meio de um comunicado, o órgão afirmou que o detido é "autor material do homicídio do caso Ayotzinapa" e está prestando depoimento.

Segundo explicaram à Agência Efe fontes da Polícia Federal, Rodríguez foi detido no município de Jiutepec, no estado de Morelos.

Em 26 de setembro do ano passado, 43 alunos da Escola Normal Rural Ayotzinapa desapareceram em Iguala. Policiais locais, autoridades e membros do cartel Guerreros Unidos foram acusados pelo crime.

Três membros da organização detidos em novembro de 2014 confessaram ter assassinado e incinerado os corpos dos jovens em um lixão do município de Cocula, vizinho a Iguala.

O procurador-geral, Jesús Murillo, disse em entrevista coletiva concedida em 7 de novembro passado que Rodríguez estava presente no momento em que os estudantes foram incinerados e inclusive ordenou para que todos os participantes do massacre queimassem suas próprias roupas.

"O ato final mostra claramente o desejo de não deixar o menor rastro", disse então o procurador.

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Apesar desta versão, apenas um dos estudantes foi identificado a partir dos restos mortais carbonizados analisados em um laboratório da Áustria.

Ao todo, 97 pessoas já foram detidas por participação no crime, entre elas o ex-prefeito de Iguala José Luis Abarca e sua esposa, María de Los Angeles Pineda, considerados autores intelectuais do desaparecimento e morte dos estudantes, junto com o secretário de Segurança, Felipe Flores, que segue foragido da justiça.

Segundo a versão oficial, policiais locais atiraram contra os estudantes por ordens de Abarca, matando seis pessoas, e capturaram 43 alunos, que foram entregues para o cartel Guerreros Unidos.

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