Mali registra mais duas mortes por ebola

O anúncio foi feito apenas um dia depois de as autoridades malesas afirmarem que não havia outros casos de ebola no país

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Por Redação
Atualização:
O ebola é transmitido por meio de fluidos corporais de pessoas que apresentam os sintomas da doença Foto: Francisco Leong/AFP

Autoridades do Mali informaram nesta quarta-feira que duas novas mortes por ebola foram registradas no país. Os casos aparentemente não têm relação com o único caso da doença até então ocorrido no país.

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O anúncio foi feito apenas um dia depois de as autoridades malesas afirmarem que não havia outros casos de ebola no país após a morte de uma menina de dois anos, que viajou da Guiné para o Mali e morreu no final de outubro.

O ministro de Comunicações Mahamadou Camara disse nesta quarta-feira que uma enfermeira que trabalhava numa clínica da capital Bamako morreu na terça-feira e que exames mostraram que ela teve ebola. Um paciente de quem ela cuidou e que morreu na segunda-feira também teve o diagnóstico da doença confirmado.

Não estava claro por que os funcionários da saúde da Clinique Pasteur, localizada em Bamako, não suspeitaram que o paciente, cidadão da Guiné, tinha ebola. Quase 5 mil pessoas morreram neste ano na África Ocidental por causa do vírus, que apareceu na Guiné, país que faz fronteira com o Mali.

A informação foi divulgada quando autoridades da saúde pública começavam a acreditar que o Mali havia evitado o pior do surto. Mas o surgimento de um novo foco mostra que a doença é difícil de rastrear e que toda a região ainda continua

vulnerável.

O primeiro caso registrado no Mali causou alarme porque as autoridades disseram que a menina sangrou pelo nariz durante a viagem, feita com parentes e em transporte público, entre a Guiné e o Mali, passando por Bamako e outras cidades até chegar a Kayes, onde ela morreu. O ebola é transmitido por meio de fluidos corporais de pessoas que apresentam os sintomas da doença, dentre os quais estão febre, hemorragia, vômito e diarreia.

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Na terça-feira, autoridades disseram que cerca de 30 membros da família que foi visitada pela menina de 2 anos foram liberados da quarentena de 21 dias, após não apresentarem os sintomas da doença, cujo vírus demora até 21 dias para incubar.

Outro grupo de cerca de 50 pessoas que tiveram possível contato com a menina continua em observação em Kayes, que fica a 600 quilômetros de Bamako. Elas serão liberadas da quarentena em 16 de novembro se não apresentarem os sintomas. Fonte: Associated Press.

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