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Manifestantes bloqueiam estradas na Catalunha em protesto à prisão de Puigdemont

Bloqueios foram registrados nos dois principais acessos à capital catalã pelo norte e pelo sul, e na rodovia A7, perto da fronteira com a França

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Por Redação
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BARCELONA - Vários grupos de manifestantes independentistas bloquearam diversos trechos de estradas na Catalunha nesta terça-feira, 27, para protestar contra a prisão na Alemanha do ex-líder da região Carles Puigdemont, assim como a de outros líderes separatistas na Espanha.

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Os protestos foram convocados pelos Comitês de Defesa da República, grupos de cidadãos que anunciaram na segunda-feira um ciclo permanente de protestos Foto: AFP PHOTO / Josep LAGO

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De acordo com o serviço regional de tráfego, bloqueios foram registrados nos dois principais acessos à capital catalã pelo norte e pelo sul, assim como na rodovia A7, perto da fronteira com a França, e na estrada N340, que liga a Catalunha à parte sul de Valência.

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Os protestos foram convocados pelos Comitês de Defesa da República, grupos de cidadãos que anunciaram na segunda-feira um ciclo permanente de protestos. "Com as últimas prisões e a detenção do presidente Carles Puigdemont se torna claro que superamos um ponto de não retorno", afirma um comunicado.

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Protestos no domingo terminaram em confrontos em Barcelona, com mais de 100 feridos nos enfrentamentos entre manifestantes e policiais Foto: AFP PHOTO / LLUIS GENE

Protestos no domingo terminaram em confrontos em Barcelona, com mais de 100 feridos nos enfrentamentos entre manifestantes e policiais. O Comitê de Direitos Humanos da ONU registrou uma demanda de Puigdemont na qual ele denuncia a violação de seus direitos por parte da Espanha.

A porta-voz do comitê, Julia Gronnevet, confirmou o "registro da comunicação", mas não divulgou detalhes porque o caso é "confidencial". "A próxima etapa do processo diz que o Estado parte (Espanha) tem seis meses para responder", disse.

Ideais

Carles Puigdemont não desanimará e continuará defendendo seus ideais, afirmou um de seus advogados, Jaume Alonso-Cuevillas, depois de visitar seu cliente na prisão de Neumünster. "Puigdemont expressou uma grande confiança na Justiça europeia e na alemã", afirmou ele.

A Espanha quer que o líder separatista volte para responder pelo delito de rebelião em função da fracassada proclamação de independência da Catalunha, em outubro. "O estado dele é excelente", ressaltou Alonso-Cuevillas, que destacou "sua força, determinação e coragem".

"Puigdemont faz um apelo à unidade de toda a soberania e insiste que não desanimará e continuará defendendo seus ideais, apesar de todas as adversidades que está vivendo neste momento", concluiu. / AFP e EFE

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