HAMBURGO, ALEMANHA - Novos confrontos foram registrados nesta sexta-feira, 7, em Hamburgo entre a polícia e os manifestantes antiglobalização, que incendiaram algumas viaturas das forças de segurança.
A polícia revisou o balanço dos confrontos durante a madrugada, que deixaram 111 feridos entre os agentes, de acordo com a agência de notícias alemã DPA, além de 29 pessoas detidas e 15 em prisão preventiva.
Autoridades informaram que as manifestações podem reunir até 100 mil pessoas nas ruas de Hamburgo, cidade que será cenário nesta sexta-feira do aguardado primeiro encontro entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Donald Trump.
Por este motivo, o governo da Alemanha enviou quase 20 mil policiais de todo o país para Hamburgo, como uma medida antiterror e para evitar a violência nas quase 30 marchas convocadas.
Os manifestantes voltaram às ruas às 7h (2h em Brasília), com o objetivo de perturbar a abertura oficial da cúpula do G-20, e tentaram bloquear a chegada das delegações. "Operação em curso contra pessoas violentas", informou a polícia alemã em sua conta no Twitter.
Alguns indivíduos lançaram coquetéis molotov e incendiaram carros da polícia no bairro de Altona, perto de uma delegacia. Quatro helicópteros sobrevoavam a cidade. A polícia citou a "fumaça" na zona oeste da região, depois que diversos veículos foram incendiados em vários bairros.
As emissoras de televisão exibiam imagens das consequências dos protestos: automóveis queimados e lojas depredadas. A polícia dispersou pelo menos um protesto com jatos d’água e gás lacrimogêneo. Alguns manifestantes jogaram tinta preta nos agentes.
O sindicato da polícia condenou "os ataques em massa de grupos extremistas violentos" e denunciou que os chamados “black blocks” - grupos de manifestantes encapuzados associados ao movimento anarquista - "confiscaram as manifestações pacíficas". / AFP