Manifestantes se dirigem ao Parlamento do Paquistão

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Dezenas de milhares de manifestantes contrários ao governo marcharam em direção ao Parlamento do Paquistão nesta quinta-feira. Para remover as barreiras de arame farpado e contêineres que os impedem de chegar à região onde fica a sede do Legislativo eles carregavam alicates e escudos improvisados, além de usar máscaras. Emissoras de televisão paquistanesas mostravam imagens ao vivo das tropas tomando posições na chamada "zona vermelha", onde também estão instaladas as residências do presidente e do primeiro-ministro e várias instalações diplomáticas. A situação pode resultar num possível confronto entre centenas de soldados e os cerca de 30 mil manifestantes que apoiam a ex-estrela do críquete e candidato da oposição Imran Khan, e o clérigo Tahir-ul-Qadri. Os dois líderes pediram que o primeiro-ministro Nawaz Sharif deixe o cargo por causa de acusações de fraude eleitoral no pleito realizado no ano passado. Sharif se recusa a deixar o poder e enviou soldados para as ruas, a primeira vez que isso acontece desde que o Paquistão está sob o governo de um civil. Dois oficiais de segurança paquistaneses disseram que um total de 700 homens foram enviados para fazer a segurança da "zona vermelha". As fontes falaram em condição de anonimato porque não têm autorização para falar publicamente sobre o caso. Outros 30 mil integrantes das forças de segurança também estão na região, disseram autoridades.O ministro do Interior, Nisar Ali Khan, pediu calma aos manifestantes antes do início da passeata. "Não podemos permitir que a violência aconteça", disse ele. "O que é isso tudo que nós estamos mostrando para o mundo?"Os manifestantes estão em dois acampamentos em Islamabad desde a semana passada. Khan e Qadri prometeram manter as manifestações até que Sharif saia do governo. Khan, que lidera o terceiro maior bloco do Parlamento, anunciou na segunda-feira que ele e seus partidários marcharão pela "zona vermelha". Nesta terça-feira, Khan disse que estabelecerá uma "praça Tahir" do lado de fora do Parlamento, uma alusão à famosa praça do Cairo onde foram realizados enormes protestos em 2011."Vamos prometer que permaneceremos pacíficos", disse Qadri a seus seguidores. "Ninguém vai entrar em qualquer prédio", declarou Khan a seus partidários. Mulheres de crianças também se uniram aos manifestantes na medida em que se aproximavam do Parlamento. Autoridades disseram que não permitirão que os manifestantes entrem na "zona vermelha" e pediram aos dois líderes de oposição que reconsiderem seus planos. Fonte: Associated Press.

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