BRUXELAS - O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira, 2, a suspensão da imunidade da eurodeputada e líder da extrema direita francesa, Marine le Pen. A decisão foi tomada em razão da publicação por Le Pen no Twitter de fotografias de execuções do Estado Islâmico (EI).
O plenário Parlamento da União Europeia (UE), reunido em Bruxelas, respaldou os planos da Comissão de Assuntos Jurídicos desta instituição, que apoiou em reunião a portas fechadas na terça-feira a suspensão da imunidade por 18 votos a favor e 3 contra.
A Justiça francesa solicitou que o parlamento europeu retirasse a imunidade de Le Pen em 2015, depois que a presidente da Frente Nacional compartilhou na rede social imagens das vítimas das execuções do EI, como a do jornalista americano James Foley.
A Promotoria de Nanterre acusou Le Pen de "divulgação de imagens violentas", um crime punido na França com penas de até três anos de prisão e € 75 mil de multa. A perda da imunidade parlamentar faz com que a francesa possa ser condenada por este crime.
A Frente Nacional (FN), partido de Le Pen, respondeu à suspensão da imunidade parlamentar e disse que "a censura e a ameaça sistemática de sanções judiciais" não calarão "os defensores do povo". "(A perda da imunidade) solicitada pelo poder socialista marca a diferença entre os que denunciam e combatem o fundamentalismo islâmico e os que querem esconder as atrocidades", disse o partido em comunicado.
Para a FN, os deputados europeus que respaldaram esse pedido admitem que seu único papel "é ratificar as decisões de instâncias europeias antinacionais e seguem o jogo dos islamitas ao esconder suas monstruosidade". / EFE e REUTERS