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Membros da Otan se reúnem para debater as tensões envolvendo Rússia, Síria e Turquia

Segundo secretário-geral, a aliança enfrenta hoje diversos desafios e é preciso avaliar o que se pode fazer para adaptá-la a esse momento de ‘instabilidade e insegurança’

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Por Redação
Atualização:

BRUXELAS - Os ministros de Defesa dos 28 países membros da Otan debatem nesta quinta-feira em Bruxelas sobre as tensões causadas pelo apoio de Moscou ao regime de Bashar Assad, especialmente pelas “violações” do espaço aéreo russo da Turquia por aviões russos.

“Na Síria, observamos uma escalada preocupante das atividades militares russas. Vamos analisar os últimos acontecimentos e suas implicações para a segurança da aliança. Isso é relevante diante das recentes violações do espaço aéreo da Otan por aeronaves russas”, declarou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

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Ele disse que a aliança está pronta para implantar forças, se necessário, para defender a Turquia. “A Otan tem capacidade e está pronta para defender todos os seus aliados, incluindo a Turquia, contra qualquer tipo de ameaça”, disse Stoltenberg. 

“Estamos constantemente avaliando a situação com o governo turco”, afirmou. Stoltenberg se encontrará ainda hoje com o ministro de Defesa da Turquia, Mehmet Vecdi Gonul.

O secretário-geral da Otan disse que receberá na reunião informações atualizadas dos comandantes militares sobre a situação da Síria, assim como do Afeganistão.

O secretário de Defesa da Grã-Bretanha Michael Fallon acusou a Rússia de agir na Síria não para atacar o Estado Islâmico, mas para fortalecer o governo de Assad, tornando a situação “muito mais perigosa”.

Autoridades da Otan expressaram temores de que pudesse haver um conflito, acidental ou não, entre aviões russos e forças aéreas da coalizão liderada pelos Estados Unidos em um ataque ao Estado Islâmico na Síria.

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Na reunião entre os ministros de Defesa, espera-se também que haja uma aprovação de esforços para reequipar a Otan com o objetivo de atender às ameaças de segurança contemporâneas. “Estamos enfrentando muitos desafios de inúmeras direções”, disse Stontenberg. “Conflito, instablidade e insegurança.”

“Vamos avaliar o que temos que fazer para adaptar a Otan aos desafios atuais e futuros”, afirmou o secretário-geral. /AFP e ASSOCIATED

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