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Menor que abandonou desafio no Facebook é ameaçado e procura a polícia

Jovem disse que tatuaria figuras do Pokemón se um milhão de pessoas entrassem em sua página.

Por Anelise Infante
Atualização:

Um imigrante equatoriano menor de idade que mora em Barcelona lançou um desafio no Facebook que acabou na delegacia. No início de novembro, ele abriu um grupo no site de relacionamentos e prometeu tatuar nas costas as mais de cem espécies de Pokemón, se um milhão de usuários aderissem à pagina. O grupo, intitulado "Se um milhão entrar, eu, José Romero, tatuo os 151 Pokemóns nas costas", ganhou mais de 50 mil adeptos em apenas 24 horas. Em cinco dias já passavam dos 440 mil. Assustado com a repercussão, Romero deixou a rede social e parou de frequentar as aulas. O abandono do desafio, no entanto, provocou queixas e intimidações violentas de outros usuários, que até criaram perfis para ver quem consegue localizar José Romero e ameaçam pegá-lo na rua e tatuar os desenhos à força. Ameaças Nos últimos dias, novos grupos foram criados em desafio ao adolescente com títulos como: "Se José Romero não cumpre, lhe raptamos e lhe tatuamos..." e "Vamos matar ao desgraçado se não se tatua os 151 Pokemóns". A mãe do menor, Lida Maria Romero, pediu ajuda à polícia porque teme que alguma das advertências possa terminar em um ataque real. Segundo o porta-voz da Brigada de Investigação Tecnológica (polícia especializada em delitos relacionados com a informática), José Romero não quer nem sair mais de casa. O adolescente comentou aos policiais que todo o colégio e o bairro sabem que ele é o criador do polêmico grupo. E apesar de jamais ter levado a sério a promessa de fazer as tatuagens, não imaginou que tantos usuários iriam responder, nem tão rápido. O menor disse ainda, segundo a polícia, que a princípio se sentiu o rei do colégio porque a fama do site se espalhou em apenas um dia. Mas agora se sente humilhado, amedrontado e até pediu à família para se mudar da Catalunha. Um porta-voz policial explicou à BBC Brasil que na maioria dos casos, as ameaças são apenas virtuais e não crê que o adolescente corra risco de vida, mas que o susto cibernético não acabará rápido. "Porque nem pedindo aos provedores, a página do Facebook seria apagada porque o grupo já não pertence mais ao criador, agora é de todo o coletivo. Se um milhão de pessoas quiserem entrar, e continuar escrevendo, será difícil impedir". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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