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Milhares vão às ruas no Cairo por reformas mais rápidas

Manifestantes em todo Egito reclamam de lentidão de mudanças pós-Mubarak.

Por BBC Brasil
Atualização:

Dezenas de milhares de pessoas se reuniram nesta sexta-feira na Praça Tahrir, na capital do Egito, Cairo, para pedir mais pressa na adoção de reformas políticas e no julgamentos de ex-integrantes do governo do ex-presidente Hosni Mubarak, que renunciou em fevereiro. "Nada mudou, as mudanças levam tempo, mas há reformas que poderíamos fazer agora", disse o manifestante Mohammed Abul Makarem, de 18 anos. O correspondente da BBC no Cairo Jon Leyne disse que o clima na praça era muito parecido com o dos protestos do começo do ano, que antecederam a queda de Mubarak. Leyne diz que, além da falta de mudanças, as frustrações dos manifestantes são agravadas pelo péssimo estado da economia e preocupações a respeito da segurança e da lei. Policiais Ocorreram protestos em outras cidades egípcias, como Alexandria e Suez, onde manifestantes exigiram que os responsáveis pelas mortes ocorridas durante o levante sejam julgados. O principal grupo político de oposição egípcia, a Irmandade Muçulmana, apoiou as manifestações. Dados oficiais mostram que pelo menos 846 pessoas morreram e mais de seis mil ficaram feridos durante os 18 dias de protestos entre janeiro e fevereiro no Egito. Desde então, apenas um policial foi condenado em mais de doze processos sobre a repressão aos manifestantes, segundo a agência de notícias AP. A decisão tomada esta semana de libertar sete policiais presos, acusados da morte de 17 manifestantes foi apontada como um estopim para os protestos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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