Militantes islâmicos atacam cidade nordestina na Nigéria e matam várias pessoas

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Insurgentes islâmicos, supostamente do grupo militante Boko Haram, invadiram nesta quarta-feira a cidade de Mubi, no nordeste da Nigéria, matando várias pessoas e queimando casas, o que provocou troca de tiros com as forças de segurança, disseram testemunhas. Uma fonte de segurança confirmou o ataque e disse que os militares estavam mandando reforços para tentar controlar o ataque, mas não pôde confirmar nenhum detalhe já que as operações ainda estavam acontecendo. O porta-voz do Exército não respondeu aos pedidos de entrevista. A funcionária pública Beatice Elisha, que ficou presa na cidade, disse que ouviu um tiroteio no norte da cidade quando o ataque começou no início do dia. "Tinha casas queimando e muita gente morreu", disse. "Você ouvia tiros sem parar." A violência no problemático nordeste da Nigéria aumentou desde que o governo anunciou um cessar-fogo com os rebeldes há duas semanas para tentar negociar com líderes do grupo no vizinho Chade a fim de libertar as mais de 200 meninas sequestradas em abril. O ministro das Relações Exteriores, Aminu Wali, disse na segunda-feira que o aumento na violência não irá colocar as negociações em risco, mas o governo destacou que, em cinco anos, a insurgência também se misturou com a criminalidade em geral. E uma vez que o próprio Boko Haram é bastante fragmentado, é impossível garantir que todas as facções respeitem o cessar-fogo. Insurgentes que são suspeitos de pertencerem ao Boko Haram mataram pelo menos 17 pessoas e sequestraram dezenas em uma série de ataques no Estado de Borno, no nordeste do país, no fim de semana. Pelo menos 25 meninas foram sequestradas de uma cidade remota poucos dias antes. O Boko Haram tem matado milhares de pessoas e sequestrado centenas desde que começou um levante contra o governo do principal país produtor de petróleo na África em 2009. (Reportagem de Imma Ande)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.