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Ministro prevê que 1 milhão de refugiados chegarão à Alemanha em 2015

Vice-chanceler afirma em carta que a previsão do governo alemão de 850 mil não será mantida, e pede que Europa providencie 1,5 bilhão de euros para ajudar imigrantes

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Por Redação
Atualização:

BERLIM - O vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, estimou nesta segunda-feira, 14, que 1 milhão de refugiados chegarão ao país ainda neste ano.

Em uma carta enviada aos membros do Partido Social-Democrata, Gabriel afirmou que a previsão do governo alemão, elevada no mês passado de 450 mil para 850 mil em 2015, não será mantida. Ele ainda acrescentou que a "Alemanha é forte e pode fazer muito".

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"No entanto, nos últimos dias pudemos experimentar que, mesmo com a melhor vontade, nossa capacidade de amparação tem limites, sobretudo no que diz respeito à rapidez da afluência em massa dos refugiados", escreveu o vice-chanceler na carta.

Gabriel revelou que os chefes de governo dos estados alemães o comunicaram que a capacidade dos municípios em amparar os refugiados está praticamente esgotada.

Por outro lado, o ministro comentou a decisão do governo alemão de reintroduzir temporariamente os controles na fronteira. Para ele, o governo tomou a medida "em uma situação excepcional e imprevisível" e quis voltar a "um processo ordenado para a política dos refugiados", um "sinal claro" também para os parceiros europeus.

"Alguns de nossos sócios rejeitam abertamente uma solução comunitária à crise dos refugiados", disse Gabriel, acrescentando que "nenhum país pode assumir sozinho a amparada de refugiados".

Gabriel ainda afirmou que “a Europa deve providenciar 1,5 bilhão de euros para alimento, abrigo e escolas nos campos de refugiados, e os estados do Golfo (Pérsico) e os Estados Unidos devem fornecer ajuda semelhante".

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"Não é possível que bilhões de euros sejam mobilizados em poucas semanas para resgatar bancos, mas que a comunidade internacional não seja capaz de providenciar nem uma fração deste montante para resgatar pessoas", disse.

Desde o dia 31 de agosto, cerca de 63 mil pessoas chegaram somente à Munique, segundo informações oficiais. /EFE e DOW JONES NEWSWIRES

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