PUBLICIDADE

Moradores de Chernobyl consomem alimentos com alto nível de radiação, diz ONG

Segundo grupo de ativismo ambiental, contaminação na região diminuiu, mas ainda está presente. Explosão ocorrida em abril de 1986 em uma usina nuclear provocou nuvem radioativa que se espalhou pela Europa

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

MOSCOU (Reuters) - As crises econômicas que afetam a Rússia, a Ucrânia e Belarus têm impedido ou restringido os testes em áreas contaminadas pelo desastre nuclear de Chernobyl, disse o Greenpeace, e as pessoas continuam a consumir alimentos e bebidas com níveis de radiação perigosamente altos.

De acordo com exames científicos realizados em nome do grupo de ativismo ambiental, a contaminação em geral de isótopos importantes como o césio-137 e o estrôncio-90 diminuiu um pouco, mas ainda está presente, especialmente em locais como as florestas.

PUBLICIDADE

As pessoas que vivem nas áreas afetadas ainda têm contato diário com níveis de radiação ameaçadoramente elevados decorrentes da explosão ocorrida em abril de 1986 em uma usina nuclear, provocando uma nuvem radioativa que se espalhou por muitas partes da Europa.

"Está no que eles comem e bebem. Está na madeira que usam na construção e queimam para se aquecer", afirma o relatório do Greenpeace intitulado "Cicatrizes Nucleares: Os Legados Duradouros de Chernobyl e Fukushima", este último, em referência ao acidente de março de 2011 em uma planta nuclear no Japão.

O relatório da pesquisa, obtido pela agência de notícias Reuters antes de sua publicação nesta quarta-feira, 9, aponta que a Ucrânia "não tem mais fundos suficientes para financiar os programas necessários para proteger adequadamente o público, e isso significa que a exposição à radiação das pessoas que ainda moram nas áreas contaminadas provavelmente está aumentando".

A Ucrânia, onde Chernobyl está localizada, vem sofrendo com uma crise econômica agravada pela insurgência pró-Rússia no leste do país, e Rússia e Belarus também passam por dificuldades financeiras. /REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.