Mórmon preso na Venezuela é solto e viaja para os EUA

Presidente americano, Donald Trump, anunciou no Twitter a notícia, que mais tarde foi confirmada pelo ministro de Comunicação venezuelano, Jorge Rodríguez.

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Por Redação
Atualização:

Preso há dois anos na Venezuela acusado de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro, o mórmon americano Joshua Holt foi libertado e deve chegar neste sábado, 26, aos EUA.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou no Twitter a notícia, que mais tarde foi confirmada pelo ministro de Comunicação venezuelano, Jorge Rodríguez.

Joshua Holt, sua mulher, Thamara, e a filha do casal embarcam no aeroporto de Caracas Foto: Holt family photo via AP

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"Deve estar aterrissando em D.C. esta noite e estará na Casa Branca, com sua família, por volta das 19h. O grande povo de Utah ficará muito feliz!", tuitou Trump.

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Inicialmente, o mandatário não identificou o cidadão americano, mas o senador por Utah Orrin Hatch confirmou que Joshua Holt e sua mulher, Thamy, "estavam a caminho" dos Estados Unidos. 

A pedido de Maduro, "o poder judicial deu o correspondente ao benefício da liberdade plena a esses dois cidadãos e (...) já estão voando para os Estados Unidos", declarou Rodríguez.

O funcionário disse que a medida foi tomada no âmbito de "esforços para manter um dialogo respeitoso, relações diplomáticas de respeito, que permitam abrir as comportas para evitar as agressão às quais (a Venezuela) foi submetida". 

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A libertação de Holt acontece depois de o senador Bob Corker, presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado, reunir-se com o presidente Maduro, na sexta-feira, em Caracas.

Em nota, Hatch elogiou os "esforços cruciais" de Corker e agradeceu especialmente à Comissão do Senado por sua ajuda "fundamental".

"Nos últimos dois anos, trabalhei com dois governos, inumeráveis contatos diplomáticos, embaixadores do mundo todo, uma rede de contatos na Venezuela e o próprio presidente Maduro, e não poderia estar mais honrado de poder reunir Josh com uma família doce e sofrida em Riverton", disse Hatch.

A família de Holt comemorou as notícias, mas quer encontrar o americano antes de dar entrevistas. "Estamos gratos a todos que participaram deste milagre", disse a família em breve declaração divulgada em Caracas pelo advogado de Holt, Carlos Trujillo.

Holt, um missionário mórmon de Utah de 26 anos, pediu aos Estados Unidos que não o abandonasse, em vídeos divulgados na semana passada.

"Só quero pedir mais uma vez ao meu governo, ao meu povo, aos meus senadores, que, por favor, não me deixem sozinho", clamou Holt em dois vídeos que mostravam outros detentos, gravados nas celas do Serviço de Inteligência (Sebin) em Caracas, conhecido como El Helicoide.

O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, chegou a acusá-lo de querer armar um espetáculo.

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Holt "foi preso (...) fazendo espionagem para o governo dos Estados Unidos. Eles sabem disso e talvez estejam procurando uma desculpa para justificar outras coisas. Não têm nenhum tipo de escrúpulos", acusou Cabello.

A libertação aconteceu neste sábado, segundo Gonzalo Himoib, advogado da ONG de direitos humanos Fórum Penal.

Após serem levados para a embaixada americana em Caracas, Holt e sua mulher viajariam para os Estados Unidos nesta tarde.

Holt foi preso por funcionários do Sebim em 30 de junho de 2016, em sua casa, na Ciudad Caribia, um complexo habitacional construído pelo governo nos arredores de Caracas. Ele morava com sua mulher, a venezuelana Thamara Caleño. / AFP 

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