Morte de jovem eleva para 64 total de vítimas fatais em protestos na Venezuela

Neste sábado, protesto contra o desabastecimento e a fome deixou ao menos três feridos em Caracas

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Por Redação
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Opositores do governo Maduro protestaram contra a fome batendo panelas e talheres neste sábado, 3 Foto: Luis Robayo/AFP

CARACAS – O Ministério Público (MP) da Venezuela informou neste sábado, 3, o falecimento de um jovem que foi baleado em um protesto na cidade de Barquisimeto, capital do estado de Lara, no oeste do país. Yoiner Peña, de 28 anos, é o 64º morto em decorrência da onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, iniciada em 1º de abril, segundo o MP. 

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A principal suspeita é de que o jovem, que era surdo-mudo, tenha sido atingido por um grupo paramilitar defensor do governo que disparou tiros em uma manifestação no dia 10 de abril. O líder opositor de Maduro e incentivador dos protestos, Henrique Capriles, se manifestou lamentando a notícia.

A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, divulgou nesta sexta-feira, 2, que, além das mortes, 1.189 pessoas já foram feridas nos protestos. Outras 422 pessoas foram presas e 35 são procuradas por atos de violência nas ruas. Dessas, 19 são agentes de segurança que atuaram na contenção das manifestações, segundo a procuradora.

Neste sábado, ao menos três pessoas ficaram feridas durante a “Marcha das Panelas Vazias” que aconteceu na capital, Caracas. Centenas de venezuelanos bateram panelas e talheres para reclamar da falta de alimentos e da fome. A polícia dispersou o grupo com gás lacrimogêneo, sprays de pimenta e balas de borracha.

O presidente do Parlamento, Julio Borges, afirmou que 40% da população venezuelana come duas ou menos vezes por dia e 69% já perdeu peso devido ao desabastecimento dos supermercados. / EFE

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