Morte em protesto de Caracas foi causada por arma de fogo, diz ministro
Nestor Reverol, ministro de Interior e Justiça da Venezuela, disse que Armando Cañizales levou um tiro no pescoço durante protesto; dirigente estudantil opositor contesta versão e afirma que jovem morreu após ferimento causado 'por bala de borracha'
Por Redação
Atualização:
CARACAS - O ministro de Interior e Justiça da Venezuela, Nestor Reverol, afirmou na quarta-feira que o jovem Armando Cañizales, que morreu durante um protesto opositor em Caracas, apresentava "um ferimento de arma de fogo na altura do pescoço".
Reverol escreveu em sua conta no Twitter que a vítima foi internada no Hospital Domingo Luciani, no município de Sucre, na área metropolitana da capital. O ministro disse ainda que foram designadas equipes especiais do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas para fazer as investigações de campo.
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Por sua parte, o Ministério Público da Venezuela também informou que começou a investigar o caso de Cañizales, de 18 anos. A procuradoria detalhou que o jovem ficou ferido "durante uma manifestação na urbanização de Las Mercedes", no município de Baruta, "quando um grupo de pessoas estava se manifestando" em uma ponte próxima à autoestrada Francisco Fajardo, a principal artéria viária da capital venezuelana.
Na autoestrada, a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) tinha dispersado anteriormente com gás lacrimogêneo e balas de borracha uma mobilização opositora, com milhares de participantes, que pretendia chegar até a sede da Assembleia Nacional, no centro da cidade.
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Em coletiva de imprensa, o dirigente estudantil Santiago Acosta, conselheiro universitário da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), garantiu que Cañizales morreu em consequência de ferimento causado "por uma bala de borracha no pescoço".
Os estudantes, que falaram em nome da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) na coletiva de imprensa, disseram que as manifestações em Caracas na quarta-feira deixarm um saldo de quase 250 feridos e mais de 60 detidos. / EFE