Mortes em protestos antigoverno vão a 23 na Venezuela

Dois universitários foram mortos a tiros em San Cristóbal e Ciudad Guayana entre segunda e terça-feira

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O anúncio da morte de dois universitários na Venezuela na terça-feira, 11, levou a uma troca de acusações entre governistas e opositores a respeito da origem da violência nos protestos antigoverno que ocorrem há um mês no país. O número de mortos nas manifestações foi a 23. Novos confrontos entre manifestantes e polícia ocorreram em Caracas e nos Estados de Lara, Mérida e Táchira. "Hoje, foram assassinados dois companheiros", tuitou o líder estudantil Juan Requesens. "As mortes não ficarão impunes. Agora, mais que nunca, continuamos na rua."

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O universitário Daniel Tinoco morreu ao ser baleado no peito durante um confronto em San Cristóbal, onde a onda de protestos começou. Um outro estudante afirmou à Reuters que homens trajando roupas civis, alguns deles com coletes à prova de bala, chegaram a uma barricada montada por manifestantes em uma caminhonete e atiraram. Em Ciudad Guayana, Estado de Bolívar, na noite de segunda-feira, o estudante Angelo Vargas também morreu baleado.

"Eles buscam mortos para provocar a intervenção na Venezuela", disse o chavista Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional.

Novo protesto

Estudantes e opositores convocaram uma manifestação em Caracas para quarta-feira, 12, quando completa um mês dos primeiros grandes protestos contra o governo, 14 agentes das forças de segurança da Venezuela foram detidos, suspeitos de abusos ocorridos nos protestos antigoverno. Entre os presos estão seis agentes de inteligência. / REUTERS e AFP

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