Ministros dos três países disseram na Rússia que levarão sua iniciativa adiante, sem a inclusão de EUA e da ONU
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Por Redação
Atualização:
MOSCOU - Rússia, Turquia e Irã ampliaram nesta terça-feira seu afastamento das negociações de paz sobre a Síria que a ONU promove em Genebra. Os três países, que têm atuação decisiva nos combates da guerra civil síria, promoveram uma reunião em Moscou e afirmaram que estão dispostos a ir adiante com uma iniciativa de paz própria – ignorando potências como Estados Unidos, Reino Unido e França.
Após o encontro na capital russa, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou que, na avaliação do Kremlin, o diálogo das Nações Unidas chegou a um “beco sem saída”. O chanceler russo, Serguei Lavrov, no entanto, teria telefonado para o secretário de Estado americano, John Kerry, para “informá-lo” sobre os resultados da reunião desta terça-feira, ainda segundo as autoridades russas.
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Em Alepo, o Exército sírio usou alto-falantes para advertir os rebeldes que seu tempo estava acabando e deveriam apressar sua retirada da cidade. O controle total de Alepo representará uma grande vitória de Bashar Assad contra os rebeldes, que o desafiaram na cidade mais populosa da Síria nos últimos quatro anos.
Os ministros de Rússia, Irã e Turquia adotaram nesta terça-feira um documento que chamaram de “Declaração de Moscou”, que determina os princípios que qualquer acordo de paz deverá seguir. Durante a rodada de diálogo na capital russa eles também apoiaram a definição de um amplo cessar-fogo na Síria.
“Irã, Rússia e Turquia estão prontos para entregar o projeto de um acordo, que já está sendo negociado entre o governo sírio e a oposição, e ser seu avalista”, indicou a declaração divulgada pelos ministros e integrantes da diplomacia.
A medida destaca o fortalecimento dos laços entre Moscou, Teerã e Ancara, apesar do assassinato do embaixador russo na Turquia, na segunda-feira, e reflete o desejo do presidente russo, Vladimir Putin, de consolidar sua influência no Oriente Médio.
A Rússia e o Irã apoiam o presidente sírio, enquanto a Turquia respalda os grupos rebeldes. Putin disse na semana passada que ele e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, estão trabalhando para organizar novas negociações de paz sem o envolvimento dos Estados Unidos e da ONU, que pretende realizar conversações de paz em 8 de fevereiro. / REUTERS
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