Mulher de López diz não ter informações sobre saúde do marido em greve fome

Lilian Tintori afirmou que ela e os advogados do líder opositor venezuelano foram impedidos de visitá-lo desde sexta-feira

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CARACAS - Lilian Tintori, mulher do líder opositor venezuelano Leopoldo López, preso desde fevereiro de 2014 sob acusações de organizar atos de violência, disse nesta segunda-feira, 25, que não sabe o estado de saúde de seu marido que iniciou uma greve de fome na sexta-feira.

"Não sei nada do meu marido desde às 17h de sexta-feira, não deixam o advogado entrar na prisão de Ramo Verde, não me deixam passar", afirmou Lilian à rádio colombiana "Caracol".

Lilian Tintori e o marido, olíder opositorLeopoldo López Foto: Leo Ramirez/AFP

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A esposa do líder opositor explicou que soube da decisão de López na sexta-feira, quando o visitou na prisão. Na ocasião, ela também conseguiu falar com o ex-prefeito de San Cristóbal Daniel Ceballos, que se uniu ao protesto.

"Eu os vi firmes, fortes e claros, e falei que os apoiava. O que eles viveram (na prisão) é uma tortura constante", declarou Tintori.

Segundo López e Ceballos explicaram em um vídeo divulgado no sábado, a greve será mantida até que vários pedidos sejam cumpridos, entre eles a libertação dos que a oposição considera "presos políticos" e o término "da perseguição, da repressão e da censura".

Além disso, ambos solicitaram uma data para as eleições parlamentares que ocorrerão, segundo as últimas informações, no último trimestre do ano, e que a votação "tenha uma fiscalização eleitoral" feita pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela União Europeia (UE).

Lilian afirmou nesta segunda-feira que, embora desconheça a situação do marido desde sexta-feira, acredita que ele esteja em condições precárias e sob "tortura psicológica". "Leopoldo hoje está isolado em uma cela em um edifico de quatro andares, só", disse.

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A esposa do líder do partido Voluntad Popular também afirmou que nos últimos dois dias não recebeu uma ligação sequer e que os advogados de López não puderam entrar na prisão para vê-lo. / EFE

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