Nº 2 do chavismo e mais 6 dirigentes venezuelanos são sancionados pela UE

Medida, que deve ser aprovada pelo Conselho Europeu na próxima semana, prevê o congelamento de ativos e proibição de entrada no território do bloco; além de Diosdado Cabello, estão na lista presidentes do Supremo e do Conselho Nacional Eleitoral

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Por Redação
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BRUXELAS - Os países da União Europeia (UE) aprovaram nesta quinta-feira, 18, a imposição de sanções contra sete membros do alto escalão do governo da Venezuela, incluindo Diosdado Cabello, nº 2 do partido governista, o ministro de Interior do país e o presidente do Supremo, informaram fontes diplomáticas.

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As medidas implicam no congelamento de ativos e na proibição de entrada no território comunitário e devem ser formalizadas na próxima semana em reunião do Conselho Europeu, coincidindo com encontro dos chanceleres da UE em Bruxelas. Além da UE, Estados Unidos e Canadá já adotaram sanções individuais a dirigentes chavistas.

Sanções da UE bloquearão ativos e impedirão o nº 2 do chavismo, Diosdado Cabello, de entrar no território comunitário do bloco Foto: AFP PHOTO / FEDERICO PARRA

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Os europeus decidiram impor estas restrições aos indivíduos que consideram "responsáveis pelas graves violações de diretos humanos" no país e aos que cometeram atos que "atentam de algum maneira contra a democracia ou o Estado de direito na Venezuela".

Entre os sancionados estão alguns dos responsáveis pelas forças de segurança da Venezuela, como o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, o chefe do serviço de inteligência (Sebin), Gustavo González, e o ex-comandante da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio Benavides.

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Completam a lista a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, o presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Maikel Moreno, e o procurador-geral do país, Tarek William Saab.

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A porta-voz do Serviço Europeu de Ação Exterior (Seae), Catherine Ray, reiterou nesta quinta que a UE mantém sua "mensagem política" e "apoia firmemente os esforços para uma solução negociada para a crise da Venezuela".

Em novembro, preocupado com a "deterioração da democracia e dos direitos humanos" no país sul-americano, o bloco adotou uma série de medidas, incluindo um embargo de armas de material que poderia ser usado para "repressão interna". / AFP e EFE

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