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Na China, Blair pede mais democracia em Hong Kong

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pediu nesta segunda-feira que haja "maior democracia " em Hong Kong, em meio a fortes protestos na ex-colônia britânica contra um projeto de lei de segurança nacional. Entre os temas abordados em sua visita a Pequim, o premier discutiu com autoridades chinesas sobre a crise nuclear na Coréia do Norte. Blair disse que a decisão do governador chinês da ex-colônia britânica, Tung Chee-hwa, de adiar a aprovação da lei e consultar o povo de Hong Kong era "uma forma sensata de proceder". Blair acrescentou: "Existem propostas para avançar em direção a uma maior democracia em Hong Kong. Obviamente as apoiamos. Tenho grandes esperanças de que o processo de mudanças tenha êxito". A Grã-Bretanha diz ainda ter uma responsabilidade política e moral em relação a Hong Kong. Mas Blair poderia correr o risco de provocar uma deterioração nas relações com Pequim se criticar a proposta de lei anti-subversão. O premier britânico pareceu escolher hoje cuidadosamente as palavras a fim de não se envolver numa controvérsia. Blair disse também ter conversado sobre Coréia do Norte, Iraque, Oriente Médio e as tensões entre a Índia e o Paquiastão com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e elogiou os esforços da China no campo diplomático internacional. "O que é interessante é o grau em que a liderança chinesa tenta ajudar a resolver algumas das questões mais difíceis" no âmbito internacional, disse. Em relação à Coréia do Norte, acrescentou que o governo chinês "deixou claro que continuará trabalhando para conseguir uma solução pacífica para este tema a fim de sustar de maneira definitiva o programa de armas nucleares da Coréia do Norte". Pequim, o único aliado importante que resta ao governo de Pyongyang, insistiu em que não aceitará armas atômicas na Península Coreana, e que deseja uma solução pacífica para o tema através de negociações. A China está pressionando para que haja uma nova rodada de conversações entre Washington e Pyongyang similar à que se realizou em Pequim em abril.

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