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Não há solução militar para crise de barcos de migrantes, diz chefe da ONU

O comentário de Ban Ki Moon ocorre uma semana após mais de 700 pessoas se afogarem no pior naufrágio de imigraçã

Atualização:
Quatro dias após mais de 800 pessoas se afogarem ao tentar ir da Líbia para a Europa, líderes da UE aceitaram restaurar o fundo para missões navais de busca ao mesmo nível do existente ano passado Foto: Reuters

ROMA - Não há solução militar para os afogamentos de migrantes no Mediterrâneo, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki Moon neste domingo, 26, enquanto líderes europeus buscam maneiras de lidar com o fluxo de pessoas que deixam o norte da África em frágeis barcos.

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O comentário de Ban ocorre uma semana após mais de 700 pessoas se afogarem no pior naufrágio em décadas de perigosa migração transoceânica. O desastre chocou a União Europeia, que se comprometeu a fornecer mais recursos para os resgates.

Em entrevista ao jornal italiano La Stampa, Ban disse que as Nações Unidas estavam prontas para ajudar a combater o problema. Questionado sobre uma proposta do primeiro-ministro italiano Matteo Renzi de "capturar e destruir" os barcos que traficantes usam, Ban disse que a ONU tem como foco a segurança e a proteção de direitos humanos.

"Não há solução militar para a tragédia humana que ocorre no Mediterrâneo", disse Ban. "É crucial que nós tomemos uma abordagem holística que olhe para as causas, a segurança e os direitos humanos de migrantes e refugiados."

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