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Náufragos resgatados por navio brasileiro desembarcam na Itália

A corveta da Marinha do Brasil cruzava o Mar Mediterrâneo rumo a Beirute, no Líbano, no momento em que recebeu a mensagem de socorro emitida no Centro de Busca e Salvamento da Itália

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Atualização:

(Atualizada às 18h20) O grupo de 220 náufragos resgatado pela corveta V-34 Barroso, da Marinha do Brasil, desembarcou neste sábado, 5, no Porto de Catânia, na Sicília, na Itália. Os 220 imigrantes foram resgatados na noite de sexta-feira, 4, ao largo do litoral da Itália, a maioria da África. O grupo ocupava uma embarcação precária, sob risco de naufrágio. 

Por volta das 20h30, horário local, a transferência dos refugiados foi completada – 94 mulheres, 37 crianças, 4 bebês de colo e 85 homens de diversas etnias. Todos foram levados para Catânia, a segunda cidade da Sicília, no litoral sul italiano. Duas embarcações menores, do comando da Guarda Costeira regional, participaram dessa operação.

Imigrantes resgatados pela corveta Barroso, da Marinha do Brasil, desembarcam no Porto de Catânia, na Sicília, na Itália Foto: AP Photo/Salvatore Allegra

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A corveta é comandada pelo capitão de fragata Alexandre Nunes e cruzava o Mar Mediterrâneo rumo a Beirute, no Líbano, no momento em que recebeu a mensagem de socorro emitida no Centro de Busca e Salvamento da Itália.Barroso recebeu asolicitação para que procurasse o transportador ilegal em sua última posição, a cerca de 314 km da costa mais próxima, Peloponeso, na Grécia. 

Depois de uma hora de navegação, a corveta chegou ao local e iniciou o procedimento para o embarque dos imigrantes. O capitão Nunes informou que toda a transferência foi rápida. O mar calmo, depois de um dia de chuva e vento forte, favoreceu a ação. 

O serviço médico de bordo atendeu os casos mais graves –de desidratação e queimaduras de sol. O verão europeu, este ano, tem registrado temperaturas de até 39 graus.

Corveta Barroso da Marinha brasileira Foto: Divulgação

Líbano. Após o resgate, a corveta V-34 segue para o Líbano. Será a substituta da fragata União, a capitânia da força-tarefa das Nações Unidas que cumpre missões de interdição marítima e de capacitação da força naval libanesa. A frota de sete navios – do Brasil, Grécia, Alemanha, Indonésia, Bangladesh e Turquia –, é comandada pelo almirante Flávio Macedo Brasil. 

A corveta Barroso mede 103 metros, e desloca 2.400 toneladas com autonomia total de 30 dias. A tripulação é de 191 militares, em condições de combate. O sistema de armas de bordo foi configurado para atender a demanda das operações na forca-tarefa. Inclui disparadores de mísseis Exocet, lançadores de torpedos, dois canhões, e posições para metralhadoras pesadas.

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