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Negociações sobre programa nuclear do Irã são estendidas até sexta-feira

Anúncio foi feito horas antes do fim do prazo para um acordo final; prorrogação ocorre em razão de pontos ainda divergentes 

Atualização:
Negociações sobre programa nuclear iraniano são prorrogadas Foto: JOE KLAMAR/AFP

(Atualizada às 12h) VIENA - As negociações nucleares entre o Irã e o grupo P5+1 (membros permanentes do Conselho de Segurança EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China mais a Alemanha) poderão continuar até sexta-feira, declarou Marie Harf, porta-voz do departamento de Estado americano. Mais cedo, a responsável pela política externa da União Europeia, Federica Mogherini, havia dito em Viena que as negociações continuariam "durante horas ou mais alguns dias".

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As conversas multilaterais sobre o programa nuclear do Irã deveriam terminar antes da meia-noite desta terça, mas ainda há alguns pontos que estão sendo negociados que impediriam o cumprimento do prazo para a assinatura de um acordo. 

De acordo com chanceler russo, Sergei Lavrov, citado pela agência Interfax, um dos principais problemas a ser resolvido entre Teerã e seus interlocutores ocidentais é a questão do embargo sobre as armas imposto ao Irã pelo Conselho de Segurança da ONU em 2010. Já na segunda-feira, um diplomata iraniano disse que Teerã demandava que todas as sanções da ONU contra o país – incluindo a proibição para importação e exportação de armas convencionais – fossem levantadas como parte de um acordo. 

A questão das armas convencionais não é nova. Ela tem surgido de tempos em tempos, enquanto os principais argumentos – como o prazo para o levantamento das sanções e o tipo de pesquisa que o Irã poderá conduzir – são discutidos. No entanto, como moeda de troca, o tema ganhou peso e chegou como uma questão importante no fim da negociação, dedicado mais às questões políticas do que às técnicas. 

Representantes americanos e europeus demonstraram oposição a qualquer alívio do embargo. O argumento deles é de que o fim da proibição apenas colocaria mais combustível nos conflitos no Iraque e na Síria, assim como no Iêmen e no Líbano, com o Irã com mais capacidade de armar milícias xiitas. /EFE

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