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Netanyahu evita crise e suspende programa de segregar palestinos e israelenses em ônibus

Projeto piloto do ministro da Defesa duraria três semanas, mas foi considerado pelo primeiro-ministro israelense como 'inaceitável'

Atualização:
Foto de 2013 mostra trabalhadores palestinos desembarcando de ônibus na Cisjordânia Foto: Baz Ratner/Arquivo/Reuters

TEL-AVIV - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, cancelou nesta quarta-feira, 20, um plano piloto que previa a segregação de palestinos e israelenses em ônibus da Cisjordânia - decisão que evita a primeira crise de seu novo governo, após diversas críticas.

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A proposta era do ministro da Defesa, Moshe Ya'alon e foi classificada por Netanyahu de "inaceitável", por isso os dois decidiram congelar o plano.

Ya'alon havia proposto um programa piloto de três meses após repetidas queixas de judeus que utilizam o transporte público dizendo que os trabalhadores palestinos ameaçam a segurança e muitas vezes assediam as israelenses. Milhares de palestinos saem da Cisjordânia com autorizações especiais para trabalhar em Israel.

De acordo com o projeto, os palestinos teriam que voltar para a Cisjordânia pelo mesmo posto de controle que entram no país e não poderiam retornar nos mesmos ônibus que os israelenses.

Diversos críticos protestaram contra o plano, dizendo que o programa é racista e que iria prejudicar a imagem de Israel ao redor do mundo. "A separação entre palestinos e judeus no transporte público é uma humilhação desnecessária e uma mancha na face do país e de seus cidadãos", disse o líder da oposição, Isaac Herzog. "Ele acrescenta combustível desnecessário para a fogueira de ódio contra Israel no mundo", concluiu. /AP

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