SYDNEY - O governo da Nova Zelândia anunciou nesta quarta-feira, 19, sua intenção de endurecer os requisitos para a concessão de vistos temporários de trabalho. O objetivo é restringir a chegada de trabalhadores não qualificados e favorecer o emprego dos neozelandeses.
O ministro de Imigração, Michael Woodhouse, anunciou a medida que será submetida a consulta pública até 21 de maio. "É importante que nossas leis migratórias atraiam pessoas com qualificações corretas para ajudar a reduzir a falta de mão de obra capacitada e contribuir para o crescimento da nossa economia", disse em comunicado.
As mudanças incluem a introdução de pisos de remunerações para os estrangeiros que solicitem residência na categoria de Imigração Qualificada (SMC, na sigla em inglês). Serão impostos, também, requisitos para a gestão da quantidade e a condição da residência dos estrangeiros que solicitem o visto Essencial Skills (competências basicas).
Segundo a proposta do ministério, quem pede esse visto poderia permanecer por no máximo três anos com a permissão, ainda que depois haja a opção de solicitar outro tipo de visto.
Além disso, casais e filhos desses trabalhadores poderão ingressar ao país como turistas e somente poderão obter um visto de trabalho se cumprirem os requisitos necessários individualmente.
O visto para os que ingressam no país para trabalhar durante uma estação do ano especifica terão suas permissões somente pelo período que dure o projeto e não de 12 meses, como é outorgado atualmente.
Apesar das mudanças, o país poderá seguir contratando estrangeiros para cobrir postos de trabalho "onde haja uma falta real de trabalhadores ou qualificações", de acordo com o ministério.
As mudanças buscam equilibrar o tempo dos vistos de trabalho e estimular o emprego e a capacitação de neozelandeses, defendeu Woodhouse.
A Nova Zelândia fez o anúncio um dia depois de a Austrália abolir seu popular visto temporário de trabalho 457 para substitui-lo por um programa de controle de entrada mais restrito que reduz a possibilidade de que os estrangeiros obtenham residência permanente. / EFE