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O ‘bunga-bunga’ está de volta à Itália

Silvio Berlusconi, logo ele, deverá ser o maior vitorioso nas eleições italianas do próximo domingo.

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Por Redação
Atualização:

Silvio Berlusconi, logo ele, deverá ser o maior vitorioso nas eleições italianas do próximo domingo. Apontado como precursor de Donald Trump, por ter trocado a carreira de empresário e homem de TV pela política, o melhor para entendê-lo é imaginar uma mistura de Marcelo Odebrecht e Silvio Santos.

+ Na Itália, Silvio Berlusconi reaparece em busca da redenção

O ex-premiê Silvio Berlusconi é ovacionado poradmiradores em Roma. Foto: Ettore Ferrari/ANSA via AP

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Alvo central da Operação Mãos Limpas, ele entrou na política em 1994 com o objetivo implícito de escapar da Justiça. Venceu, levou a Mãos Limpas ao naufrágio e criou o discurso populista hoje corrente na Europa. Por duas décadas, foi pivô de uma profusão de escândalos de corrupção ou sexuais, como as célebres festas “bunga-bunga” que promovia em Arcore.

Sua única condenação, por sonegação, em 2013, bastou para bani-lo até 2019 de cargos públicos. Mesmo sem chance de voltar a ser premiê, tornou-se peça-chave no tabuleiro político italiano. Deposto em 2011 por ação da União Europeia (UE), é hoje cortejado pelos mesmos europeus que o criticavam. Seu talento político é visto como esperança contra os movimentos antieuropeus.

Berlusconi costurou a aliança líder nas pesquisas, entre seu Força Itália e partidos da direita nacionalista, como Liga Norte e Irmãos da Itália. Se vencer, ela não terá maioria e será obrigada a coligar-se, provavelmente com a centro-esquerda. Ele já realizou proezas políticas bem maiores (veja no documentário My Way, na Netflix).

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As contorcidas regras eleitorais italianas 

Depois do fracasso das mudanças constitucionais no plebiscito de dezembro de 2016, a Itália implementou regras eleitorais que reúnem o pior de dois mundos. Incentivam celebridades a entrar na política, como os sistemas proporcionais. Encolhem a representação dos partidos menores, como os sistemas distritais. O objetivo não declarado será atingido: evitar a vitória do maior partido do país, o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), refratário à UE e a coalizões.

O marxismo guerrilheiro de Corbyn

Em 1986, o líder trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, foi a El Salvador, Cuba e Nicarágua prestar apoio a movimentos marxistas de extrema esquerda, em especial à salvadorenha Frente Nacional de Libertação Farabundo Martí, revelam documentos recém-divulgados pela CIA. Em seu registro de viagem, ele reconheceu ter recebido “assistência de viagem do governo cubano”. 

Sueco infiltrado revela coração da ‘alt-right’

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O estudante sueco Patrik Hendersen, de 25 anos, passou o último semestre infiltrado em movimentos de extrema direita americanos. Filmou negacionistas do Holocausto, prestou tributo a deuses nórdicos em nome da pureza racial e marchou ao lado de neonazistas em Charlottesville. O resultado está num documentário da ONG britânica Hope Not Hate.

O livro que previu a interferência russa

O líder do Partido Democrata em Ohio, David Pepper, lançou em 2016, antes de qualquer suspeita sobre interferência russa na campanha eleitoral, o romance The People’s House (A casa do povo). Nele, descreve como um oligarca inspirado em Vladimir Putin manipula uma votação no Meio Oeste por meio de um exército de trolls e hackers. Eles fazem campanha nas redes sociais e tentam invadir computadores do Comitê Nacional Democrata.

De cara com os vidros da Apple

Pelo menos sete pessoas já se machucaram e duas foram parar no hospital depois de dar com a cara nos vidros transparentes da nova sede da Apple em Cupertino, na Califórnia. O prédio circular do arquiteto britânico Norman Foster custou US$ 5 bilhões – mas não respeita a lei californiana que exige sinalização “conspícua” em paredes de vidro.

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Atriz israelense vai à Broadway

Depois de Gal Gadot, uma nova beldade israelense tenta o sucesso nos EUA. Shiri Maimon, de 36 anos, que viveu Evita em Tel-Aviv, deverá assumir em setembro o papel de Roxie Hart, em Chicago, segundo musical mais longevo da Broadway, já estrelado por Liza Minelli, Brooke Shields e Melanie Griffith.

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